É decretado o fim
'Certas burrices são indesculpáveis e é bom que haja mistérios insondáveis em nossas biografias'
sábado, 19 de dezembro de 2009
Há
É decretado o fim
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Era
Você me era tão feliz
Mudou em pouco tempo assim
Quando penso na sua presença recuo
Você me era tão feliz
Sentado, grande menino triste
O mundo sacaneou você
Elas, eles eu e você
Também
Rir do desespero
É rir da desgraça
Você me era tão feliz
No auge do seu desespero,
Destinadado ao fracasso e ao medo
Depois de todo esse tempo,
Você se superou
Se afundou num navio de sí mesmo
Se entregou a inundisse e realejo
Você me era tão feliz
Esses anos contigo
Pensava eu serem bem vividos
Me deixa, me deixa ir longe de você
Você mora ao Norte, vivo bem ao Sul
Se já não há amor, nem dor há
Mas em pensar
Você me era tão feliz
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Oferenda ao teu caos
Guardo
Me instiga, me procura, me invade
Acha minha fúria desvairada à procura de tuas mãos,
Sinto teu corpo posto ao meu, em peso, em rapidez, em pressa desapressada
Olha-me nos olhos.. descobre-me
Um rompante grosseiramente manso, invadido por teu corpo ao meu,
Arrastados por ondas de calor incontroláveis deixando a natureza fazer música dentro de nós
Como acordes surdos, unicamente enviados para desejos.
Meu gosto se mistura no seu ao beijo, tua voz provoca-me o corpo me embriagando de vontades
Para..não..peço
Tudo se torna instinto, tudo se torna irracional, suas mãos adentram rápido beija-me os seios, arrepia-me, sinto-o no colo, derramo-me.
Brinca em minhas coxas, dança aos meus quadris e volta
Mata sua fome dos meus seios e me vejo pedindo, implorando
E fazer amor vira loucura, meu corpo fazendo música e te guardo lindo assim, em bolhas de sabão flutuantes pelo quarto
Ao ritmo se descompassa ao momento ápice de frenesi
Meu corpo se estende em oferenda ao teu caos,
Te sinto frénetico e doce esperando meu momento certo que se estala em segundos, me beija a boca entre aberta e seca, seu suor se mistura ao meu e vejo-nos, claramente Um,
E mais, mais e mais..explosão, completa
Tua bolha estoura, vivo, humano
Para finalmente repousar, um pousar.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Um pouco não muito..
Um segundinho, por favor?
A paz me chama
Devo atendê-la às pressas
Vai que ela se vá?
Um pouco de fôlego, por favor?
Vai que é o último
Preciso sim respirar
O quê é uma vida?
O quê são nossos erros?
Pesados aos acertos
Não há entendimento
Não há investimento em almas planas
Às vezes, sempre quase sempre
Nada há
E o que é tanto esse sempre que sempre falam
O quê é tanto desse apego ao desapego
E o quê é tanto eu e você que não consigo aproveitar
Um pouco de côlera, por favor?
Preciso desabafar
E quem não corre átras
Corre na frente mas na frente de quê?
Corre, desenfreado
Pés tortos
Joelhos cansados
Nada há
Se você não souber ver
A alegria, ria pra você
É tudo curto, mudo, surdo e bonito
Estranhamente bonito
Um pouco de sossego, por favor
Que repousar
Não há de matar ninguém
Hein, bonito
Entenda o quê digo
Digo adeus à mim e mais ninguém
Vem...
Um copo de verdade, a saudade
Só é saudade pra quem quer ver
Se não compreende, não entende
Como vivo e por quê viver
Olha, a janela tão bonita
Colorida de você
E é domingo,
Mas não esquente
Que amanhã
Aamanhã aobre nós ainda há de ser..
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Coisas que nunca vou dizer
São tantas coisas sem começo
Igual a nós
Não podemos ter nosso começo
Começou assim, sem pé nem cabeça
E relato hoje a falta que me faz
Estava em Maria da Graça e me lembrei que aqui vc residia
Imagine no caminho para casa exatamente aonde
Mas pensamentos em vão
Hoje em particular senti falta da sua nobreza e da sua cretinisse
Sempre tão juntas,
Sempre tão dispersas
Senti falta das suas mãos trêmulas quando segurava a minha no caminho até em casa
E que sempre chovia quando iamos fazer algo
E hoje chove, e nada fazemos
Tem tanto tempo, mas ao mesmo tempo
Não faz tempos algum
Sinto falta do seu sorriso largo e abençoado
E de você me ligar as 5 da manhã pq simplesmente lembrou uma música que gosta
Sinto falta das coisas simples
Pois lembro que era simples tudo que faziamos
Não queria sentir, mas sinto
Coisas que são maiores que eu
Você sempre foi, és o vinil
Vinil esse que me gira e sempre me faz parar no teu ponto exato
Na sua música, até um pouco arranhada
Sinto falta até das suas repressões
E descubro mais uma vez que minhas faltas duram algum curto tempo
Nunca mais me apaixonei,
Nunca mais me deixei conquistar
Pelo menos não para mim mesma
E nada vai mudar isso
Mas não me deixo mudar
Não há mais nada,
Deixa estar..
domingo, 6 de dezembro de 2009
Manso Descanço
Aninha-te em colo meu
Um amorzinho antes de dormir
Com sabor de sono e de vontade
Queria ter-te rompante
Entrando em frenesi
Tocando-nos
Nos tocando
E nada mais
Repousa sono manso,
Descansa teu corto e mente
Aqui comigo não há dor
Não há amanhã
Quero tu
Não ha nada
Só alegria e teu conforto
E junto embalado ao meu corpo
Devorando o meu
Em meio em vitoria e alegria
não penso em Eu...
domingo, 29 de novembro de 2009
Samba
Não sabia que eu sabia sambar..,
Me deixa, deixa eu me acabar
Por que na folia ninguém é de ninguém, E todo mundo quer todo mundo bem,
Me deixa,
Deixa eu viver,
E se for pra viver de samba,
Nada pode nos bater
E vamos na harmonia
Deixa que com samba nada nos faz sofrer
Ahh se tivesse me chamado,
Ou sequer me avisado
Que aqui era alegria pura
Já teria embarcado na magia
Me deixa, deixa eu viver
Que se for morrer em samba vai ter valido viver.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A.C.
De madrugada tem batucada, eu to a fim e você
Fica parado eu não agüento, eu não agüento
Não quero viver a exemplo da vida dos Santos
Eu não moro em São Francisco, eu não moro em São Francisco
Refrão:
E você faça de mim um instrumento de Tua paz
E sabe do que mais, eu sou como o tambor que ressoa
Mais dentro dele que da pessoa
Eu faço samba e amor a qualquer hora (por que não agora)
Eu faço samba e amor a qualquer hora (por que não agora)
Eu não posso perder você
Como quem perde um real e não nota, não vê
Sem querer pisei num despacho e saí cantando Geraldo Pereira
Mas sem querer, eu pisei num jardim e saí cantando Noel
Rosa
Eu tenho você no coração
Ficar sozinho é pra quem tem coragem
Eu vou ler meu livro Cem Anos de Solidão
Eu vou ler meu livro Cem Anos de Solidão
E nada melhor que ficar a sós com a voz e o violão
E nada melhor que ficar a sós com violão e voz
Confusões
Peripécias pós juvenil
Se fosse todo mundo junkie,
As corridas pela melhor estrela
A classe apinhada
Quem errou?
A no acaba esse ano em pleno Novembro
Tudo que não deu tempo de ser bom acaba antes da meia-noite
Virei abóbora
Se ao menos você soubesse
Que nada disso foi por querer
Seja lá o que isso é
São eternas colheitas de plantações de 20 anos ou mais
E tudo isso, estava fadado a acontecer
Recolho-me, resguardo-me e acabo aceitando ao meu jeito
Resolvo-me
sábado, 14 de novembro de 2009
Sim
Você esperava que eu corresse sempre atrás de vc?
Você esperava que eu fosse mais doce?
Você esperava que eu o comparasse com os meninos de 22 anos?
Você esperava que eu divulgasse nossa transa a todo mundo?
Você esperava que eu me afetuasse?
Você esperava que eu tentasse moldar-me ao seu ponto de vista?
Você esperava que eu fosse bem intencionada?
Claro que você esperavaa..é claro que esperava..
Você esperava que eu ficasse chapada de maconha?
Você esperava que eu levantasse a saia sempre?
Você esperava que eu dançasse no corredor?
Você esperava que dormissemos sempre que nos encontrassemos
Claro que você esperava..é claro que esperava
Você esperava que eu só enxergasse suas coisas boas
vc esperava que eu não me importaria se dormisse com alguém enquanto estavamos juntos?
Sim, você esperava
sábado, 31 de outubro de 2009
Tudo que fomos
É uma vontade antiga
Que peço para acontecer
Um ordem que ignoro
E isso me mata por dentro
Você é apenas um homem,
De carne e osso,
Você não pode tudo.
Então nos olhamos de longe
Não nos resta nada
Não queriamos muito antes
Fomos mais que palavras
Fomos mais que olhares
mas agora não restou nada
Entenda, siga meus conselhos,
Não quero mal, afinal
Ainda temos coisas a fazer lá dentro
Não vá para o frio
Não queriamos muito antes
Fomos mais que palavras
Fomos mais que olhares
mas nessa época você se importava
Então nos temos que fazer escolhas
E essas escolhas nos dizem a verdade
Uma voz diz que não há meios fáceis para nós
Não dessa vez
Fomos maiores que a matéria
Fomos melhor do que as expectativas
Fomos o começo do fim
Fomos o fim do começo
Fomos algo, alguém e ninguém
Fomos nós
mas nessa época você se importava
por favor...você pode por favor.
Cigarro apagado
E não me surpreende de te achar no mesmo lugar de sempre para apagar da sua memória por dois segundos todas as coisas bizzaras que já fazem parte do seu passado, vale a pena?
Ter te dito as duas vezes que senti sua falta não me fez sentir melhor para compensar em dizer que não me importava, por que na verdade eu me importo com tudo relacionado a você.
Não posso me inciumar e nem pestanejar se você resolver achar algo que te alegre, somos incompatíveis pelo temperamento e cúmplices pelo medo de desenvolvimento com qualquer coisa que se mova, eu gostaria que não fosse tão iluminadamente reluzente para eu evitar ter olhar.
Eu estou sentada à poucos metros, com um cigarro na mão apagado, estou tão perto para você não me ver e tão distante para você esquecer meu rosto.
E isso me enlouquece de eu não saber aonde coloco você na minha vida, um fim de semana e eu estou exausta de ser cruel comigo e permitir que assim sejam também, mas te dizer isso por horas não fazem a menor diferença.
Passei eu alguns segundos naquela cama insípida te observando e reconhecendo que não há nada em você que realmente vale todo esse esforço, mas é como se fosse um vício que não paro, percebia a cada instante que caia mais e mais fundo sem arestas, sem amarras, apenas eu e minhas incertezas que não me mobilizam e lembro sempre da sua voz irritantemente educada me dizendo que não devia fumar tanto...que gostou do meu corte de cabelo e devia usar mais vestidos, nada que não fosse difícil de responder, mas não era uma competição entre eu e você.
Eu desejo imensamente que você se dane e que se dê bem e que seja feliz e sem qualquer má intenção mas poderia apenas de vez em quando não se mostrar tão seguro ..isso me faz sentir pequena.
Contra partida tudo se desmorona quando você abre aquele sorriso sincero, deve ser perigosamente cansativo estar sempre no centro das atenções com o foco de holofotes voltados para você, mas eu adorar você também não deve surprende-lo.
Provavelmente deveriamos ter sido discretos com os acontecidos não acontecidos, deveria eu te aconselhar que seria bom passar um tempo só para digerir sua picada, por que na verdade, eu tenho coisas a dizer também, posso ser interessante também e não te responsabilizo pela minha falta de expectativas nos homens e mulheres mas quinze anos é tempo demais para ser ignorado e talvez não fique bem no quadro de responsabilidade da sua vida (certamente).
Você é notável, quando imagino todas as coisas que te aconteceram e como vc esconde suas marcas tão bem, os choros ou fraqueza e isso é muito difícil para uma moça de 20 anos compreender, são sinuosos os caminhos e fico perdida na frente de várias portas sem saber aonde entrar, mas por dois minutos com você eu abriria todas e espiaria, e você me influência com sua levianidade e eu não sei te explicar o por que.
Ai, não tenho a intenção de pressionar qualquer comportamento seu, me escondi durante anos no meu armário de possibilidades e estou cansada de fuder minha mente e corpo com suas implicações, eu realmente queria correr de você por ae, mas seguro meus impulsos com mais um copo.
(Não fale muito alto), Você sinalizou do outro lado da mesa e eu com minha imaturidade disse ( Sim, falei mais alto) E estou agradecida por você esporadicamente deixar seu escudo dentro do carro e me contar a verdade dos seus desejos, ainda me lembro do que provocou quando me segurou firme e disse " deixe-me castigada por ser independente de mim" .
Oh tem tantas coisas que abriria mão por você, tantas decisões que poderiamos ter tomados juntos, tantos músicas, livros e filmes que assisti por você, fechei a boca por você, uma nova casa, uma nova realidade e todas os riscos que assumi...nenhum arrependimento.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Espalhada
Entre você e eu..
Ela disse que posso ter sido um tanto cruel
E também me disse coisas que me fizeram entender
Por quê tenho sempre começos
Tenho medo dos finais
Ela me disse que ainda não havia estragado,
Que poderia haver chances
Eu não consigo ver ..
Tenho agido estranhamento nos últimos dias
Se você tivesse me conhecido na minha boa fase
Já teria se apaixonado
Mas é que cansei tanto de recolher cacos
Que preferi ficar espalhada por ae
Então encontre meu melhor pedaço
Coma-o e faça bom aproveito
E quem sabe possa voltar a ser
Uma menina destemida que não tem medo de ligar
Para saber se você está bem
Mas não me culpe..
As coisas foram se acumulando
Por muitas circunstâncias
E a cada começo algo ficava para trás
Mas nunca havia notado
Com tinha sido cruel comigo mesma
Até você aparecer, e dizer tudo
Que eu tentava esconder
Embaixo do travesseiro
Mas nunca podemos dizer isso um ao outro
Imagina se você não se assustaria
Com todas as coisas que passam na minha cabeça
Você merece algo melhor
Que eu não posso dar
Mas não me culpe...
Não é por que sabia da sua história
Que me importaria
Em tentar algo com você
Menos superficial
Entendi agora..então não me culpe
Não me culpe
As If
Não teria dito tanta besteira
Só disse blábláblá
Para que você não possa entender
Que eu não sou essa pessoa fria
Nem distante
Eu tenho um coração
Mas tenho esse medo e escondo
Que você mexe comigo
Só disse blábláblá
E se eu pudesse tentar de novo
Por você valeria a pena
Eu não teria medo
Eu não seria boba
Eu te escutaria
E resolveria seus problemas
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Aos bonitos meninos do Rio
Como vou te encontrar?
Se só te vi passar
Arranhando o chão...
Ainda tenho muito o que te mostrar
Se uma noite não diz nada
Se joga no movimento
Veja meu quadril descançar
Chegou devagar, sossegado
Não me deixe esperar
Aii não me faz assim..
Posso até gostar.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Não acho que está pronta
Se embalou de novo no sex apeal?
E lá vem ela..esbarrando as tamancas toda sensual
Pode a decadência me acender no meio da madrugada
Ela diz que gosta sim de benzina
A sensação da buceta quente
De ver seu cinzeiro atolhado de rosa babado
Mas gostava..era mesmo do som, da gaita arranhada
Toda tudo de um gole só
e para para para para
Mas se der pra reparar
Ela até que é bem careta..se você quiser notar
E pede com aquela voz melodica
Que te tomaria de um gole só..
É sede, é sexo, é purpurina correndo na veia
É ela..É ele..Sou é e você
Dança..no meio dos meus quadris e prende
Teu sexo da vontade verdadeira
Teu mal sempre foi ser a Rainha mais faceira
E lá vai ela...de volta naquela montanha-russa de pensamentos
Mas ela só quer mesmo..
Sentir Sentimento.[..]
sábado, 24 de outubro de 2009
22/09
Teu som
Tua energia
Aproveito sua companhia
E isso basta
Afasto-me dos planos, mapas, bússolas, cartomantes, adivinhas..
E isso acaba
Não cabe saber nada do depois
Hoje és meu
E me deixo ser sua
Aii! esse teu sorriso franco!
Sorria-me todo dia
Toca-me e faça som
Dentro de mim
E deixa o transbordar nos aquecer
Se deixa ver como o dia está bonito!
E esse verão que nos aguarda!
E se não quisermos mal ( há ) ninguém
Ninguém há de querer nosso mal
Então apronte tua fantasia
E já vem nosso carnaval
E tudo passará como um raio
Os dias belos, tão bem contados
Morreram felizes no verão passado
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
[i]Esquecendo..apagando e deletando...=] depois escrevo de novo..
E já não havia mais nada do torpor de outrora,
E reparei que me apaixono pela nuvem..que nunca toco,
observo de perto
Acabo amando todos e todos se resumem a Um único
Que é vc
Que não se resume a nada e de nada
este quarto já me basta
tua feia boca entre-aberta
um beijo adormecido, uma novidade inter-universal
é esperar de horas e horas a nada
Então posto-me a esquecer, apagar, deletar ...depois reescrevo tua história nas novidades a seguir
como sempre fiz
como sempre farei...até o dia que volte..e eu já não volto mais..
domingo, 20 de setembro de 2009
Talvez não
Vou e me deixo ser
a ordinária
procuro em cada um
partes suas
sua frieza,
sua indierença
seu amor
não acho...
volto para casa e nada tenho a declarar
se de repente vc pudesse passar por aqui, mas
talvez não
talvez não nessa vida...
e vc ..era só um cara incomum
nós não pertenciamos a nada
não tinhamos nada a perder
e era ser livre..
mas talvez não essa semana
talvez não nessa vida...
e eu não posso te culpar,
nunca fui tão fácil assim de aturar...
Mas hj sinto falta até do seu pior
poderiamos tanto
teria te dado a mão e me deixado ir
não teriamos nada a temer
mas talvez não...talvez não
Não era a coisa certa pra vc...
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
A tí
Eu não sabia sofrer
Nem sabia de cor as partituras tão admiradas
Era um mar a céu aberto
Congelado
Dentro de mim
E te agradeço por isso
Isso tudo é a tí
Não devo-te nada
Apenas me perturba
Tua satisfação
Com meu penar
Com meu mal-dizer
Não havia o oco
Apenas o tempo passeando
E eu espero
Parei de apressar
E já que você vem
Por que não me deixa vir
também
Estou a vir
E tudo isso é a tí...
Há mim
Acordes surdos
Eu tenho que ir
Embora, não consiga
Nem me mover
Olho a física
Tua presença fixa emoutro planeta
Longe
Queria que viesse
Que me segurasse e me salva-se
de mim
E me lembro de quantas
e quantas vezes
me repetia
Que só eu poderia me salvar
Então eu fico
Nem sequerconsigo
Me levantar
( Há uma felicidade triste em tuas lembranças, na tua ausência, no teu afago antigo)
A última vez que te vi, tocando uma guitarra
Definhando o som desafinado
De nós dois, num ritmo
Embaraçado
Que hoje mesmo já não reproduz nada
Vira acordes inúteis de mim mesma
Toco aquela coisa e vira desinteressante
Que nem eu suporto ouvir...
Previsão do fim
Contratação de boas maneiras aos jovens do Vidigal
Viés da perversão
Engane-se
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Não faria nada
Procuro em lentes foscas
Tuas imperfeições esquecidas e vencidas
não acho
Distante lembrar e não nos caberia regressar o passado, amor
Não espero nada da tua ausência
Esse lugar que respira e transpira você
Te aguardo e te vejo chegar
Por todos instântes e por todas as ruas
Por que foi cruzar meus caminhos?
Vejo-a fumar seus cigarros de cereja
Sua morte seria igual a minha só que mais doce
Ela rabisca desenhos invisíveis em sua perna
Ela pisca e eu morro de tanta tristeza
Eu morreria se chegasse
Eu morreria se voltasse estivesses simplesmente ali
Com seu sorriso distante
Sua cara apática
Seu olhar dissimulado.. eu morreria
Não teria força nem para um oi
Estaria completamente perdida em mim mesma
Malditas seringas no braço dele
Cinzeiros coberto de cor-de-rosa
Completamente trash no filme mudo preto e branco
Te escuto, te ouço,te vejo e te imagino
Vejo sua presença, circulando pelos bares
Por todos os cantos....
Enchendo seu copo por ae
Se eu pudesse
Se eu pudesse nada
Nem imaginaria nada
Nas minhas loucuras de imaginação mas nunca te imaginei como agora....
terça-feira, 8 de setembro de 2009
If
Tú serias
De todas as coisas do mundo as maiores esculturas que o homem fez
Até exaltaria-te contra tua própria vontade
Vejo-me anciar
Por teu violência apaixonante
E até sua indiferença
Tú me corrompe ao alcool e teus desejos
e descubro que nada sou
A não ser uma peça do seu jogo de xadrez vencido
Me encontro em vielas da suburbana
Esperando algo que jamais terei
talvez não nessa vida
E como queria
Quero -te tanto que provoco a mim mesmo
Se pudesse..talvez pudesse não o teria
Mas deixa ao destino, deixa ao acaso
As coisas a mim passarem
e quem sabe a ti
poderia dizer
sou tua...sem sequer saber se és meu também.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
branco
A massa entediada de todos os tempos
e nada mais havia de fundo
Era o eco das eloquências fingidas de meninas falsas nas vielas do Leblon
e eu nada mais
Era uma data comemorativa
Um encontro de duas Eras inocentes
A Era que era para ter dado certo
Como eu e você
Entrei assoberbado rua adentro
e de nada escutava
Nem os fogos, nem o crepitar do fogo
Nem tua agonia ferindo meu braço
Estava cego, enfim cego..graças dou
Não me diga oque é bom ou ruim,
O que é certo ou o que suas leis primordialmente primatas te persuadizem ser erradas
mas por sua vez
Não acredite em mim,
Mas não me apatize com questões sociais tolas das soluções revolucionárias
São apenas frases, gritantes que não dizem nada
É papel em branco esperando a banda passar.
domingo, 28 de junho de 2009
pernas
domingo, 21 de junho de 2009
Ensaio de todos os doidos
Comeria
Canais Noturnos
Ouço o som da cidade acordando,
As buzinas dos carros lá fora
Só vejo a luz da televisão agora
Esses canais noturnos me lembram você de maneiras diferentes,
De quanto tempo a gente não se vê,
É estanho, não estar com você.
Lembro dos encontros que não podemos ter
E essa noite de insônia queria fazer diferente
Gostei até de ficar assim
Passear pelas ruas do sofá da minha casa
Usar lentes cor-de-rosa
Ao invés das opacas,
Me aborrecer com coisas sem sentido,é sem sentido te querer
Te contar coisas,que você não faz por merecer
É POR isso que acho estranho, não estar com você...
E eu fico assim, adivinhando nosso futuro,
Escrevendo destinos de um segundo,
Os dias e noites não parecem ter razão, e os canais da noite, nos lembram mais a solidão.
Incompleto por complemento
Novo mapa doido do Rio
Ponta do pé
Burburinhos e animais espalhados
Salve Salvia!
Ficou lindo
Panorama da sua filosofia
Enquanto corria
Se me perguntarem por que o queria tanto
Apenas responderei que ele preenchia.. Todo espaço oco que cada mulher tem.
Que quando me olhava seus olhos brilhavam que às vezes nada dizíamos apenas sabíamos.
Á primeira vista era apenas uma pessoa alta, com olhos pequenos, sorrisos infantis, porém...
Quando ele abre a boca e se deixa levar pelas coisas que movem o mundo nada mais parece importante.
Pode ser que no meio do caminho passe a me questionar por que ele era tão importante na minha caminhada,
Hoje sei que é por que ele era o pedaço em mim que Adão deu a Eva, mesmo sendo ele agnóstico...
Teia
Queria tu
Estava na pilha de sair por ae
Curtir uma rua
Sei lá
Sentar em uma calçada e não ligar se meu vestido me denuncia
Tava na pilha de você
Estava sei lá o que
Queria virar minha noite despreocupada com a manhã
Acordar do teu lado
Pra receber um cafuné
Ou não fazer nada, mas fazer tudo.
Só queria sair daqui.
Tua festa
Pressão de cartolas voadoras...
Pode isso há essa noite?
Sem medo de passear com cabeças borbulhando
Passar a mão de leve na tua vibração instantânea de cor Almodóvar
Ai como eram bons aqueles contos!
Encantos enviados a todas as direções, mas a única coisa que peço.
É algo para amuar minha garganta sedenta
De um bravo vidro de nós
Segure-se nos meus cabelos
Dá no pé e explodir por todos os lados.
Dois pra lá dois pra cá
Favas
...
O tempo e a Geografia
De tempos em tempos eu passo...
Leio-te me apaixono...
Perco-me nas horas do tempo...
Mas em seus versos eu me encontro...
Meu poeta é destro...
E em seus versos me deixa viajar...
E te lendo vou me reconhecendo...
E sozinha sorrio lendo seus versos...
Há poeta que em seus versos me despe...
E aos poucos te busco nos versos incertos...
Alguma resposta pra me recompor...
Com a agulha do vento
Remendo amores esfarrapados...
Desejos infundidos...
E uma saudade que desfia lentamente...
Mas em teus versos eu me encontro...
Madrugada vazia...
Vencida pelo tempo rasgo...
Os mapas de meu destino...
E te desafio...
Será que agora perdida estarei...
Ou ainda há tempo para um único beijo proibido...
Pois em teus versos eu ainda me encontro...
Wel...
Dava-me um náusea aquela transparência de verdades lúcidas
A cada marca era um rastro mal disfarçado da desgraça da sociedade
Era como se o mundo se perguntasse
O que faremos com ele?
Era apenas uma alma mal encaminhada da sociedade
E diz que quando voltarmos seremos melhores
Esse é o retrato de um câncer que corre pelas veias dos brasileiros amaldiçoados pelo capitalismo
É a morta na vida
Em cada foto seus olhos eram de cores diferentes
Mas nota-se,
Só olhe um pouco mais
E verá que a expressão, as correntes e os cadeados sem chaves que os amarram não some.
Não muda
O jeito grotesco infantil de meia idade de se colocar em posição de desgraça
Como se esperasse a tempestade pulando na árvore
Me enjoa pessoas doentes de uma condição a que são consumidas..sendo eternas hospedeiras de um parasita social que retira todas as formas de salvação
Morro, morro, morro de nojo,
E me deparo sendo cortês só para satisfação do ego, mas em verdade.
Sinto o pânico que ele sente
Sinto as correntes, os cadeados. E vejo também a corrida desesperada pela chave, mas ela nunca abre o cadeado.
Jamais abriu...
blábláblá do amor
Não quero mais fazer amor, para não andar de mãos dadas.
Não quero mais fazer amor, pra me sentir culpada.
Embora não faça amor, sem ter amor igual ao seu.
E mesmo dizendo que não sinto nada
Amor não seria amor sem você e eu
E no meio de toda minha frieza surge você
De olhos tão abertos
Sorrisos tão singelos
Não querendo nada, mas levando tudo de mim.
E por que a vida agora me parece certa
Se você participar
Não há nada nesse mundo é mais bonito
Se você não está
Caminhos incertos não seriam iguais se não fosse uma paixão
Se te esperar não fosse tão duro,
Se me afastar não fosse suicídio
Mas as vezes as coisas são assim
Suicida é quem quer se apaixonar
Ainda bem que nossos corpos se acostumam a tudo
Me costumo com não te ver
Se tua voz não me acalmar
Caixa de lápis de cor
Já não me importava com nada
Tudo estava bem, bom e ok.
Estava transbordando
Me esbaldando de você
Por todos os lados
E era uma paz devastadora
Que me ariçava os pêlos da nuca
Fazia-me rir à toa
Me deixava livre
Mesmo se eu não quisesse voar
Suspirava tardes sem fio
Esperando o som da sua voz
Nada mais no mundo todo
Faria o qualquer sentido
As piadas já não eram mais engraçadas
O paladar já não tinha mais tempero
Até meu cigarro fumava de um jeito diferente
Tudo ficou cinza, cinza e cinza.
E esperei, esperei, esperei
Que viesse colorir minha vida...
slow motion
Long Way
Trilhos engarrafados de benzina
Coxas quentes rodopiando de lados a outros
Tudo que falamos em línguas parece poesia
O Gosto do seu suor primata!
Não há nada que eu possa te oferecer que já não foi oferecido
Chegará o inverno murcho e impessoal
E já me esquecerei do esvoaçar dos seus olhos comprimidos
Sua dissimulação ao penetrar!
Não acredite! Tudo é sempre uma gravação
A turma já se dissipou no calor dos pólos do Acre
SUA TURMA!
Eles abalaram Bangu de todos os ventos por todos os lados
Inventaram novas marchinhas de carnaval fluminense!
Viraram confetes jogados pelo ar!
Conversaram, ferveram e jogaram seus búzios
Não queira saber o quê deu...
It’s a Long Way
Só nos sobra o cotidiano juvenil que deveria ser enlouquecedor
Mas não temos drogas mais fortes!
Sobra as festinhas, cervejas em copos de plástico biodisel
Beijo a três
Sexo com meninas
Fotografias espalhadas a chão de ópio
Contos
Cantos
Ianomâmis na Floresta!
Um blábláblá de uma turma que não é minha
Mas pertenço de um jeito ou outro
E uma sensação que falta alguma coisa
Só não sei o que é
Então me aconchego em travessuras e gostosuras
O Gosto de boca me lembra morfina
E caiu em orgias imaginárias!
Deparamos-nos com gargalhadas enlouquecedoras na hora do jantar
Quem comeu? Eu comi você, ela e eles...
Falta mesmo algo?
“Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais”
(Isso se refere à trupi de coxas duras)
Tô lendo Eu mesma... Enlouqueço em breve!
Não durmo há anos e a cada noite converso com um personagem diferente
Aproxima-se a hora do baque!
Alguém dê o sinal, por favor...
Sexo
Minha garganta emite uns sons que jamais jurei poder fazer
Tentação de Eu
Cheiros de nós
Fabuloso mundo baixo
Um poema chulo riscado na mesa de um bar.
Que alguém me dizia que dias são apenas cálculos na nossa cabeça
Aonde mesmo que deixei meus óculos?
Quando era um menino, e ainda me sinto, mesmo com os cálculos errados.
Via mágica e achava que o que não era magia
Era irreal
E foi assim que você me apareceu
Irreal demais como contos de menino para dormir
Um copo, uma nuvem, um fio de cabelo.
A primeira vista tudo deriva a desgraça
Até os garotos que hoje escrevem na minha porta
Termino meu quente, não aceno a quem me estende a mão.
Apenas corrijo tua bondade sã,
Ponho os pés no chão.
Acabou graça
Remédio novo
Nova droga de dormir
Embalo-me em sono abalo
Em sonhos constantes
Sonhei e me pus a sonhar
E que no meio da febre, do caos, da tosse.
Encontro tu e tua amante
E sinto que nada há,
Que bicho maluco é o homem
Esqueci como era eu
No meio de tua vida e como passa
Ainda estou no balanço do trêm
Na maresia no mar
O calor da tua febre
E você?
Onde está?
Acabou a magia de Santa Tereza
Acabou sua graça e seu nariz
Despeço-me sem dó nem piedade
Nem de mim, nem de ti.
E se a gente se esbarrar pelos bares
Dessa vida que levamos igual
Te pago uma cerveja barata
Troco uma idéia contigo e vou ir embora
Antes que tudo fique mal.