sábado, 19 de dezembro de 2009


É decretado o fim
Fim do bar, fim do laiá laiá
E se você um dia não imaginar
O por que de mim se separou de ti
Pense bem
Há de amanhecer melhor
E não há mundos e fundos que me façam mudar
E ela passos deu
Eu de recuo a guerriar
Não abro batalhas, não armo defesas
Não sei me chatear
E sim, diz que sim oh meu amor
Antes de um fim, uma despedida
Me despeço sem adeus
E amanhã, novo dia
E sei que um dia há de ser meu
Um dia há..

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Era


Você me era tão feliz
Mudou em pouco tempo assim
Quando penso na sua presença recuo
Você me era tão feliz
Sentado, grande menino triste
O mundo sacaneou você
Elas, eles eu e você
Também
Rir do desespero
É rir da desgraça
Você me era tão feliz
No auge do seu desespero,
Destinadado ao fracasso e ao medo
Depois de todo esse tempo,
Você se superou
Se afundou num navio de sí mesmo
Se entregou a inundisse e realejo
Você me era tão feliz
Esses anos contigo
Pensava eu serem bem vividos
Me deixa, me deixa ir longe de você
Você mora ao Norte, vivo bem ao Sul
Se já não há amor, nem dor há
Mas em pensar
Você me era tão feliz

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Oferenda ao teu caos


O sabão brincando de bolha no seu corpo, e descubro aonde acho tua parte secreta, a provocante dos seus sentidos
Guardo
Me instiga, me procura, me invade
Acha minha fúria desvairada à procura de tuas mãos,
Sinto teu corpo posto ao meu, em peso, em rapidez, em pressa desapressada
Olha-me nos olhos.. descobre-me
Um rompante grosseiramente manso, invadido por teu corpo ao meu,
Arrastados por ondas de calor incontroláveis deixando a natureza fazer música dentro de nós
Como acordes surdos, unicamente enviados para desejos.
Meu gosto se mistura no seu ao beijo, tua voz provoca-me o corpo me embriagando de vontades
Para..não..peço
Tudo se torna instinto, tudo se torna irracional, suas mãos adentram rápido beija-me os seios, arrepia-me, sinto-o no colo, derramo-me.
Brinca em minhas coxas, dança aos meus quadris e volta
Mata sua fome dos meus seios e me vejo pedindo, implorando
E fazer amor vira loucura, meu corpo fazendo música e te guardo lindo assim, em bolhas de sabão flutuantes pelo quarto
Ao ritmo se descompassa ao momento ápice de frenesi
Meu corpo se estende em oferenda ao teu caos,
Te sinto frénetico e doce esperando meu momento certo que se estala em segundos, me beija a boca entre aberta e seca, seu suor se mistura ao meu e vejo-nos, claramente Um,
E mais, mais e mais..explosão, completa
Tua bolha estoura, vivo, humano
Para finalmente repousar, um pousar.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um pouco não muito..


Um segundinho, por favor?
A paz me chama
Devo atendê-la às pressas
Vai que ela se vá?
Um pouco de fôlego, por favor?
Vai que é o último
Preciso sim respirar
O quê é uma vida?
O quê são nossos erros?
Pesados aos acertos
Não há entendimento
Não há investimento em almas planas
Às vezes, sempre quase sempre
Nada há
E o que é tanto esse sempre que sempre falam
O quê é tanto desse apego ao desapego
E o quê é tanto eu e você que não consigo aproveitar
Um pouco de côlera, por favor?
Preciso desabafar
E quem não corre átras
Corre na frente mas na frente de quê?
Corre, desenfreado
Pés tortos
Joelhos cansados
Nada há
Se você não souber ver
A alegria, ria pra você
É tudo curto, mudo, surdo e bonito
Estranhamente bonito
Um pouco de sossego, por favor
Que repousar
Não há de matar ninguém
Hein, bonito
Entenda o quê digo
Digo adeus à mim e mais ninguém
Vem...
Um copo de verdade, a saudade
Só é saudade pra quem quer ver
Se não compreende, não entende
Como vivo e por quê viver
Olha, a janela tão bonita
Colorida de você
E é domingo,
Mas não esquente
Que amanhã
Aamanhã aobre nós ainda há de ser..

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Coisas que nunca vou dizer


São tantas coisas sem começo
Igual a nós
Não podemos ter nosso começo
Começou assim, sem pé nem cabeça
E relato hoje a falta que me faz
Estava em Maria da Graça e me lembrei que aqui vc residia
Imagine no caminho para casa exatamente aonde
Mas pensamentos em vão
Hoje em particular senti falta da sua nobreza e da sua cretinisse
Sempre tão juntas,
Sempre tão dispersas
Senti falta das suas mãos trêmulas quando segurava a minha no caminho até em casa
E que sempre chovia quando iamos fazer algo
E hoje chove, e nada fazemos
Tem tanto tempo, mas ao mesmo tempo
Não faz tempos algum
Sinto falta do seu sorriso largo e abençoado
E de você me ligar as 5 da manhã pq simplesmente lembrou uma música que gosta
Sinto falta das coisas simples
Pois lembro que era simples tudo que faziamos
Não queria sentir, mas sinto
Coisas que são maiores que eu
Você sempre foi, és o vinil
Vinil esse que me gira e sempre me faz parar no teu ponto exato
Na sua música, até um pouco arranhada
Sinto falta até das suas repressões
E descubro mais uma vez que minhas faltas duram algum curto tempo
Nunca mais me apaixonei,
Nunca mais me deixei conquistar
Pelo menos não para mim mesma
E nada vai mudar isso
Mas não me deixo mudar
Não há mais nada,
Deixa estar..

domingo, 6 de dezembro de 2009

Manso Descanço


Aninha-te em colo meu
Um amorzinho antes de dormir
Com sabor de sono e de vontade
Queria ter-te rompante
Entrando em frenesi
Tocando-nos
Nos tocando
E nada mais
Repousa sono manso,
Descansa teu corto e mente
Aqui comigo não há dor
Não há amanhã
Quero tu
Não ha nada
Só alegria e teu conforto
E junto embalado ao meu corpo
Devorando o meu
Em meio em vitoria e alegria
não penso em Eu...

domingo, 29 de novembro de 2009

Samba


Não sabia que eu sabia sambar..,
Me deixa, deixa eu me acabar
Por que na folia ninguém é de ninguém, E todo mundo quer todo mundo bem,
Me deixa,
Deixa eu viver,
E se for pra viver de samba,
Nada pode nos bater
E vamos na harmonia
Deixa que com samba nada nos faz sofrer
Ahh se tivesse me chamado,
Ou sequer me avisado
Que aqui era alegria pura
Já teria embarcado na magia
Me deixa, deixa eu viver
Que se for morrer em samba vai ter valido viver.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A.C.

Eu faço samba e amor a qualquer hora
De madrugada tem batucada, eu to a fim e você
Fica parado eu não agüento, eu não agüento
Não quero viver a exemplo da vida dos Santos
Eu não moro em São Francisco, eu não moro em São Francisco
Refrão:
E você faça de mim um instrumento de Tua paz
E sabe do que mais, eu sou como o tambor que ressoa
Mais dentro dele que da pessoa
Eu faço samba e amor a qualquer hora (por que não agora)
Eu faço samba e amor a qualquer hora (por que não agora)
Eu não posso perder você
Como quem perde um real e não nota, não vê
Sem querer pisei num despacho e saí cantando Geraldo Pereira
Mas sem querer, eu pisei num jardim e saí cantando Noel
Rosa
Eu tenho você no coração
Ficar sozinho é pra quem tem coragem
Eu vou ler meu livro Cem Anos de Solidão
Eu vou ler meu livro Cem Anos de Solidão
E nada melhor que ficar a sós com a voz e o violão
E nada melhor que ficar a sós com violão e voz

Confusões


Peripécias pós juvenil
Se fosse todo mundo junkie,
As corridas pela melhor estrela
A classe apinhada
Quem errou?
A no acaba esse ano em pleno Novembro
Tudo que não deu tempo de ser bom acaba antes da meia-noite
Virei abóbora
Se ao menos você soubesse
Que nada disso foi por querer
Seja lá o que isso é
São eternas colheitas de plantações de 20 anos ou mais
E tudo isso, estava fadado a acontecer
Recolho-me, resguardo-me e acabo aceitando ao meu jeito
Resolvo-me

sábado, 14 de novembro de 2009

Sim


Você esperava que eu corresse sempre atrás de vc?
Você esperava que eu fosse mais doce?
Você esperava que eu o comparasse com os meninos de 22 anos?
Você esperava que eu divulgasse nossa transa a todo mundo?
Você esperava que eu me afetuasse?
Você esperava que eu tentasse moldar-me ao seu ponto de vista?
Você esperava que eu fosse bem intencionada?
Claro que você esperavaa..é claro que esperava..
Você esperava que eu ficasse chapada de maconha?
Você esperava que eu levantasse a saia sempre?
Você esperava que eu dançasse no corredor?
Você esperava que dormissemos sempre que nos encontrassemos
Claro que você esperava..é claro que esperava
Você esperava que eu só enxergasse suas coisas boas
vc esperava que eu não me importaria se dormisse com alguém enquanto estavamos juntos?
Sim, você esperava

sábado, 31 de outubro de 2009

Tudo que fomos


É uma vontade antiga
Que peço para acontecer
Um ordem que ignoro
E isso me mata por dentro
Você é apenas um homem,
De carne e osso,
Você não pode tudo.

Então nos olhamos de longe
Não nos resta nada
Não queriamos muito antes
Fomos mais que palavras
Fomos mais que olhares
mas agora não restou nada

Entenda, siga meus conselhos,
Não quero mal, afinal
Ainda temos coisas a fazer lá dentro
Não vá para o frio
Não queriamos muito antes
Fomos mais que palavras
Fomos mais que olhares
mas nessa época você se importava

Então nos temos que fazer escolhas
E essas escolhas nos dizem a verdade
Uma voz diz que não há meios fáceis para nós
Não dessa vez

Fomos maiores que a matéria
Fomos melhor do que as expectativas
Fomos o começo do fim
Fomos o fim do começo
Fomos algo, alguém e ninguém
Fomos nós
mas nessa época você se importava
por favor...você pode por favor.

Cigarro apagado


E não me surpreende de te achar no mesmo lugar de sempre para apagar da sua memória por dois segundos todas as coisas bizzaras que já fazem parte do seu passado, vale a pena?

Ter te dito as duas vezes que senti sua falta não me fez sentir melhor para compensar em dizer que não me importava, por que na verdade eu me importo com tudo relacionado a você.

Não posso me inciumar e nem pestanejar se você resolver achar algo que te alegre, somos incompatíveis pelo temperamento e cúmplices pelo medo de desenvolvimento com qualquer coisa que se mova, eu gostaria que não fosse tão iluminadamente reluzente para eu evitar ter olhar.

Eu estou sentada à poucos metros, com um cigarro na mão apagado, estou tão perto para você não me ver e tão distante para você esquecer meu rosto.

E isso me enlouquece de eu não saber aonde coloco você na minha vida, um fim de semana e eu estou exausta de ser cruel comigo e permitir que assim sejam também, mas te dizer isso por horas não fazem a menor diferença.

Passei eu alguns segundos naquela cama insípida te observando e reconhecendo que não há nada em você que realmente vale todo esse esforço, mas é como se fosse um vício que não paro, percebia a cada instante que caia mais e mais fundo sem arestas, sem amarras, apenas eu e minhas incertezas que não me mobilizam e lembro sempre da sua voz irritantemente educada me dizendo que não devia fumar tanto...que gostou do meu corte de cabelo e devia usar mais vestidos, nada que não fosse difícil de responder, mas não era uma competição entre eu e você.


Eu desejo imensamente que você se dane e que se dê bem e que seja feliz e sem qualquer má intenção mas poderia apenas de vez em quando não se mostrar tão seguro ..isso me faz sentir pequena.

Contra partida tudo se desmorona quando você abre aquele sorriso sincero, deve ser perigosamente cansativo estar sempre no centro das atenções com o foco de holofotes voltados para você, mas eu adorar você também não deve surprende-lo.

Provavelmente deveriamos ter sido discretos com os acontecidos não acontecidos, deveria eu te aconselhar que seria bom passar um tempo só para digerir sua picada, por que na verdade, eu tenho coisas a dizer também, posso ser interessante também e não te responsabilizo pela minha falta de expectativas nos homens e mulheres mas quinze anos é tempo demais para ser ignorado e talvez não fique bem no quadro de responsabilidade da sua vida (certamente).


Você é notável, quando imagino todas as coisas que te aconteceram e como vc esconde suas marcas tão bem, os choros ou fraqueza e isso é muito difícil para uma moça de 20 anos compreender, são sinuosos os caminhos e fico perdida na frente de várias portas sem saber aonde entrar, mas por dois minutos com você eu abriria todas e espiaria, e você me influência com sua levianidade e eu não sei te explicar o por que.

Ai, não tenho a intenção de pressionar qualquer comportamento seu, me escondi durante anos no meu armário de possibilidades e estou cansada de fuder minha mente e corpo com suas implicações, eu realmente queria correr de você por ae, mas seguro meus impulsos com mais um copo.

(Não fale muito alto), Você sinalizou do outro lado da mesa e eu com minha imaturidade disse ( Sim, falei mais alto) E estou agradecida por você esporadicamente deixar seu escudo dentro do carro e me contar a verdade dos seus desejos, ainda me lembro do que provocou quando me segurou firme e disse " deixe-me castigada por ser independente de mim" .


Oh tem tantas coisas que abriria mão por você, tantas decisões que poderiamos ter tomados juntos, tantos músicas, livros e filmes que assisti por você, fechei a boca por você, uma nova casa, uma nova realidade e todas os riscos que assumi...nenhum arrependimento.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Espalhada


Entre você e eu..
Ela disse que posso ter sido um tanto cruel
E também me disse coisas que me fizeram entender
Por quê tenho sempre começos
Tenho medo dos finais
Ela me disse que ainda não havia estragado,
Que poderia haver chances
Eu não consigo ver ..
Tenho agido estranhamento nos últimos dias
Se você tivesse me conhecido na minha boa fase
Já teria se apaixonado
Mas é que cansei tanto de recolher cacos
Que preferi ficar espalhada por ae
Então encontre meu melhor pedaço
Coma-o e faça bom aproveito
E quem sabe possa voltar a ser
Uma menina destemida que não tem medo de ligar
Para saber se você está bem
Mas não me culpe..
As coisas foram se acumulando
Por muitas circunstâncias
E a cada começo algo ficava para trás
Mas nunca havia notado
Com tinha sido cruel comigo mesma
Até você aparecer, e dizer tudo
Que eu tentava esconder
Embaixo do travesseiro
Mas nunca podemos dizer isso um ao outro
Imagina se você não se assustaria
Com todas as coisas que passam na minha cabeça
Você merece algo melhor
Que eu não posso dar
Mas não me culpe...
Não é por que sabia da sua história
Que me importaria
Em tentar algo com você
Menos superficial
Entendi agora..então não me culpe
Não me culpe

As If

E se eu nunca mais quisesse te ver de novo
Não teria dito tanta besteira

Só disse blábláblá
Para que você não possa entender
Que eu não sou essa pessoa fria
Nem distante
Eu tenho um coração
Mas tenho esse medo e escondo
Que você mexe comigo
Só disse blábláblá

E se eu pudesse tentar de novo
Por você valeria a pena
Eu não teria medo
Eu não seria boba
Eu te escutaria
E resolveria seus problemas

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aos bonitos meninos do Rio

Como vou te encontrar?
Se só te vi passar
Arranhando o chão...


Ainda tenho muito o que te mostrar
Se uma noite não diz nada
Se joga no movimento
Veja meu quadril descançar


Chegou devagar, sossegado
Não me deixe esperar


Aii não me faz assim..


Posso até gostar.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Não acho que está pronta

E aí menina do Rio?
Se embalou de novo no sex apeal?
E lá vem ela..esbarrando as tamancas toda sensual
Pode a decadência me acender no meio da madrugada
Ela diz que gosta sim de benzina
A sensação da buceta quente
De ver seu cinzeiro atolhado de rosa babado
Mas gostava..era mesmo do som, da gaita arranhada
Toda tudo de um gole só
e para para para para
Mas se der pra reparar
Ela até que é bem careta..se você quiser notar
E pede com aquela voz melodica
Que te tomaria de um gole só..
É sede, é sexo, é purpurina correndo na veia
É ela..É ele..Sou é e você
Dança..no meio dos meus quadris e prende
Teu sexo da vontade verdadeira
Teu mal sempre foi ser a Rainha mais faceira
E lá vai ela...de volta naquela montanha-russa de pensamentos
Mas ela só quer mesmo..
Sentir Sentimento.[..]

sábado, 24 de outubro de 2009

22/09

Deleito-me da tua luz
Teu som
Tua energia
Aproveito sua companhia
E isso basta
Afasto-me dos planos, mapas, bússolas, cartomantes, adivinhas..
E isso acaba
Não cabe saber nada do depois
Hoje és meu
E me deixo ser sua
Aii! esse teu sorriso franco!
Sorria-me todo dia
Toca-me e faça som
Dentro de mim
E deixa o transbordar nos aquecer
Se deixa ver como o dia está bonito!
E esse verão que nos aguarda!
E se não quisermos mal ( há ) ninguém
Ninguém há de querer nosso mal
Então apronte tua fantasia
E já vem nosso carnaval
E tudo passará como um raio
Os dias belos, tão bem contados
Morreram felizes no verão passado

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

[i]Esquecendo..apagando e deletando...=] depois escrevo de novo..

Era de manhã..beirando o máximo da madrugada

E já não havia mais nada do torpor de outrora,


E reparei que me apaixono pela nuvem..que nunca toco,
observo de perto
Acabo amando todos e todos se resumem a Um único
Que é vc
Que não se resume a nada e de nada
este quarto já me basta
tua feia boca entre-aberta
um beijo adormecido, uma novidade inter-universal

é esperar de horas e horas a nada

Então posto-me a esquecer, apagar, deletar ...depois reescrevo tua história nas novidades a seguir
como sempre fiz
como sempre farei...até o dia que volte..e eu já não volto mais..

domingo, 20 de setembro de 2009

Talvez não


Vou e me deixo ser
a ordinária
procuro em cada um
partes suas
sua frieza,
sua indierença
seu amor
não acho...
volto para casa e nada tenho a declarar
se de repente vc pudesse passar por aqui, mas
talvez não
talvez não nessa vida...
e vc ..era só um cara incomum
nós não pertenciamos a nada
não tinhamos nada a perder
e era ser livre..
mas talvez não essa semana
talvez não nessa vida...
e eu não posso te culpar,
nunca fui tão fácil assim de aturar...
Mas hj sinto falta até do seu pior
poderiamos tanto
teria te dado a mão e me deixado ir
não teriamos nada a temer
mas talvez não...talvez não
Não era a coisa certa pra vc...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A tí


Eu não sabia sofrer
Nem sabia de cor as partituras tão admiradas
Era um mar a céu aberto
Congelado
Dentro de mim
E te agradeço por isso
Isso tudo é a tí
Não devo-te nada
Apenas me perturba
Tua satisfação
Com meu penar
Com meu mal-dizer
Não havia o oco
Apenas o tempo passeando
E eu espero
Parei de apressar
E já que você vem
Por que não me deixa vir
também
Estou a vir
E tudo isso é a tí...

Há mim



Nunca mais repousar ao seu lado
Sentir teu cheiro e teu olhar
Me assusta ver que não faz parte do meu futuro
correria a teu encontro
Te guardava
A possuira só para mim
Não me permito desejar
Desço do andar da fantasia
Encaro meu percurso
E irei feliz
Feliz sim
Não há você
Mas ainda há a mim...

Acordes surdos


Eu tenho que ir
Embora, não consiga
Nem me mover
Olho a física
Tua presença fixa emoutro planeta
Longe
Queria que viesse
Que me segurasse e me salva-se
de mim
E me lembro de quantas
e quantas vezes
me repetia
Que só eu poderia me salvar
Então eu fico
Nem sequerconsigo
Me levantar
( Há uma felicidade triste em tuas lembranças, na tua ausência, no teu afago antigo)
A última vez que te vi, tocando uma guitarra
Definhando o som desafinado
De nós dois, num ritmo
Embaraçado
Que hoje mesmo já não reproduz nada
Vira acordes inúteis de mim mesma
Toco aquela coisa e vira desinteressante
Que nem eu suporto ouvir...

Previsão do fim


Contratação de boas maneiras aos jovens do Vidigal
Sem previsão dos acontecimentos futuros
Meteram a bola de previsão no cú desta vez
Pois previsão é instrumento da cigana da Augusta
E lá vamos eles
Dando seus passeios em bolhas de ar comprimido
Atentos aos acordes da novela das oito
Ou quem sabe as manchetes frescas do jornal
- O cotidiano é a sanguessuga da população-
E o hospedamos
Covardemente
Cuspo nos sedento de noite
Se ao menos fossem promíscuos
Deixo estar
O outro lado da semana encontra suas novidades na sintética
Embalo-me em papel celofane e saiu a sapatear por ae
O mundo é apenas uma bola
Cheio de porcarias inúteis
Vendidas livremente nas bancas de jornal
Mais
Menos
Pobre
E os neo-pobres
O tambor dos terrenos
Faz a menina se mexer por dentro
Ela teme.
Chega dessa palhaça do divino, eu.
É tudo seringa da mesma veia
Correndo heroína por todos os lados
A nova onda do Brasil
Dos jovens das melhores transas
Deturpando todas as novidades
A foda do século XXI
Se metendo no lugar errado
É ferro na boneca se ela estiver errada.

Viés da perversão


Teu corpo, o agonista dos Tempos Modernos.
Um receptor máximo dos meus prazeres
É meu pecado que anda, fala e pensa.
Como a cigana me disse que aconteceria
E eu nunca acreditei
Tua droga embalada em viés pervertidas
Não há overdose o suficiente par as jovens de perna cabeluda
Nem para os meninos sem barba das ruas de baixo
Não há o que me tire da cabeça tua sede.. tua fome
A euforia que se abate inutilmente dentro de mim
Quando surge tua companhia
E eu me viro, me reviro e,
Vou-me
Cansada das tuas labaredas,
Tua voz de chiada e tua língua suja
Tuas charadas de cartomante barato...
Uma saudade do teu cheiro de novo
Tua escrotice desnecessária
Eu temo por segundos breves...
Essas coisas dessem à rua comigo
E me levam embora também
Parar por que?

Engane-se


O paradoxo de estar só
Então muito mal acompanhada
O tédio do decorrer dos dias
Tua presença ausente
O perdão a mim mesma
Que jamais dei
E talvez nunca darei
Completamente seca
O outono levanta suas folhas dentro e mim
Varrendo as certezas
Não há morfina o suficiente no mundo
Tuas cicatrizes
Acordando-me na cama
Faz-me chorar
Sem descer lágrima
Apenas eu posso saber
Respirei nos teus pulmões
Fundo
Acabara tudo
E tomei meu último gole de você
No principio das dores
Teu gosto... doce
Embebeda-me de ti
Faz-me gozar de tua presença
E esta será
A ultima vez, para todos nós.
A quem estamos tentando enganar?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Não faria nada


Procuro em lentes foscas
Tuas imperfeições esquecidas e vencidas
não acho
Distante lembrar e não nos caberia regressar o passado, amor
Não espero nada da tua ausência
Esse lugar que respira e transpira você
Te aguardo e te vejo chegar
Por todos instântes e por todas as ruas
Maldito..
Por que foi cruzar meus caminhos?

Vejo-a fumar seus cigarros de cereja
Sua morte seria igual a minha só que mais doce
Ela rabisca desenhos invisíveis em sua perna
Ela pisca e eu morro de tanta tristeza
Eu morreria se chegasse
Eu morreria se voltasse estivesses simplesmente ali
Com seu sorriso distante
Sua cara apática
Seu olhar dissimulado.. eu morreria
Não teria força nem para um oi
Estaria completamente perdida em mim mesma
Malditas seringas no braço dele
Morreria eu...
Cinzeiros coberto de cor-de-rosa
Completamente trash no filme mudo preto e branco
Te escuto, te ouço,te vejo e te imagino
Vejo sua presença, circulando pelos bares
Por todos os cantos....
Enchendo seu copo por ae
Se eu pudesse
Se eu pudesse nada
Nem imaginaria nada
Nas minhas loucuras de imaginação mas nunca te imaginei como agora....

terça-feira, 8 de setembro de 2009

If


Tú serias
De todas as coisas do mundo as maiores esculturas que o homem fez
Até exaltaria-te contra tua própria vontade
Vejo-me anciar
Por teu violência apaixonante
E até sua indiferença
Tú me corrompe ao alcool e teus desejos
e descubro que nada sou
A não ser uma peça do seu jogo de xadrez vencido
Me encontro em vielas da suburbana
Esperando algo que jamais terei
talvez não nessa vida
E como queria
Quero -te tanto que provoco a mim mesmo
Se pudesse..talvez pudesse não o teria
Mas deixa ao destino, deixa ao acaso
As coisas a mim passarem
e quem sabe a ti
poderia dizer
sou tua...sem sequer saber se és meu também.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

branco


A massa entediada de todos os tempos
e nada mais havia de fundo
Era o eco das eloquências fingidas de meninas falsas nas vielas do Leblon
e eu nada mais
Era uma data comemorativa
Um encontro de duas Eras inocentes
A Era que era para ter dado certo
Como eu e você
Entrei assoberbado rua adentro
e de nada escutava
Nem os fogos, nem o crepitar do fogo
Nem tua agonia ferindo meu braço
Estava cego, enfim cego..graças dou
Não me diga oque é bom ou ruim,
O que é certo ou o que suas leis primordialmente primatas te persuadizem ser erradas
mas por sua vez
Não acredite em mim,
Mas não me apatize com questões sociais tolas das soluções revolucionárias
São apenas frases, gritantes que não dizem nada
É papel em branco esperando a banda passar.

domingo, 28 de junho de 2009

pernas


Contentava-me com pouco
Com tuas labaredas
Danças de pernas de pau
E com meus sonhos de nossas paredes
Seringas sujas espalhadas pelo chão
Caridades
Tua força de homem
Meus dias contados
BláBláBlá no telefone roubado
A maior larica de São Gonçalo
Rio Niterói, aí vamos nós.
Marco Sul de propostas recusáveis
Cigarros apagados no nosso banho
Que delícia tua pele ao som de Caetano
Vamos fazer roda,
Vamos pular pelos mares sem direção
Tu trás os mapas, os vícios a água fresca.
Eu trago a mim,
Teu corpo
Minhas canções.

domingo, 21 de junho de 2009

Ensaio de todos os doidos


-Tire os pés da cadeira, mocinhos... mocinhos
Olhe bem a rua, faz a gentileza? Traz a merda da mocinha.
-Como vai?
Perguntinha cretina de sujeitinho de subúrbio?
Sim, podemos sair da casa.
-Lista do não:
“-Não pode dizer não na minha casa”.
-Tire sim as roupas
-use sim as drogas
-faça sim sexo desprotegido
Mas que merda Leo! “Derramou esta bosta no meu vestido.”
- Mancha? -
-Vamos organizar esse estardalhaço:
Por favor, sem ameaças com copos de vidros.
Você senta aqui,
Você coloca isso pra fora,
Você faz essa cara,
Você grita isso assim,
E clik, clik, clik.
Rodando... Ação nessa porra!
-Passa um cigarro per favore?
Sem gírias na casa dos estranhos.
"I will let you down,
I will make you hurt"
Só mais uma vez.
-Bom, doses generosas na minha caneca sí?
Idéia? Idéia? Dinheiro não vale nada na Terra do Nunca, Zé.
Combinado, mas não mostro meu peitinho esquerdo.
-Objetivo? Objetivamente? Certo, posso fazer isso:
A verdade é um cobertor que deixa seus pés frios.
Sobre a mentira?
Eu não sou de verdade.
-Sejamos racionais, uma vez? Certo?
Carol passa o cigarro a sua direita... Direita, o outro lado! Tá esquerda...
Você não vai durar, Você tem validade, como esse cigarro aceso na minha mão,uma hora ele acaba, senão ele te queima.
- Gargalhada -
Não há outro jeito?
Da morte não sei o dia mais posso saber.
- Silêncio-
Somos apenas a escória do comércio social!
Apenas subprodutos de uma realidade inventada por nossos antepassados!
Peixinhos...
Peixinhos e
Peixinhos fora d'agua...
Quem te disse que Você não é um macaco?
Alguém traz a enciclopédia por aí?
Som do dia:
Não ouvi.
Luz do dia:
Não vi.
Frase do dia:
Não falei.
Mas que diabos você fez todo o dia?
Well, well, well, well, well, well.
Vamos renascer, fura meu dedo? Quero compactuar com você.
-: “Aee, que coisa louca!” - Panqueii!
“Para de me oferecer essa merda ae!”
( Risos)
Se tem uma coisa que eu acredito, se tem uma única coisa que eu acredito mesmo, sem questionar, está anotando?
Anota esse lixo ae:
Que a minha memória é uma merda, esqueci minhas crenças. No duro.
Vamos voltar?
Nade.
Nada mais cretino mandá-lo de volta...
Cada um tem o que Deus quer...
Filha da Puta! Não use o nome D'ele na minha onda.
Vamos filmar e dá à cigana? Podemos?
Combinado?
Quantos contra?
Levantem o braço per favore?
Quantos a favor?
Podem abaixar o braço
Abstenções... Abstenções? Alguém aqui não sabe o que é abstenção?
Pois nós somos seres celestiais como as estrelas.
Pena que somos tão imundos como poeira cósmica.
É uma pena que não sumimos como lixo espacial.
Sendo levados a anos-luz daqui.
Ok, Ok... Se você não entendeu, repita comigo pelo menos cinco vezes na frente do espelho:
"Curta a viagem. O homem surgiu quando um macaco resolveu experimentar um cogumelo. •”.

Comeria


Se eu pudesse lhe comia,
Devoria seu corpo,
Viveria sob seus poros e
Queimaria quando e onde quisesse nos teus sentidos
Viveria imersa a louca realidade
Gozando apenas do prazer do teu corpo
Enquanto o meu agüentasse vive sobre o seu,
Seriam seus ossos, sua mente, sua pele, sua língua.
Seria tudo de belo que Deus já me deixou ver
Esqueceria a razão, os sentidos, a alma.
Só viveria para viver em você...
Seu amor é como meus inúmeros cigarros
Me queimam, me fazem tremer e apagam
Antes do tempo planejado
Em pensar que antes me acalmava,
Sua sutil devoção,
Se consumando dentro dos meus lábios
Como é difícil reconhecer o fim
Como é fácil substituir o presságio
Mas este tipo de fogo
Nunca mais vejo, nem acho.

Canais Noturnos


Ouço o som da cidade acordando,

As buzinas dos carros lá fora

Só vejo a luz da televisão agora

Esses canais noturnos me lembram você de maneiras diferentes,

De quanto tempo a gente não se vê,

É estanho, não estar com você.

Lembro dos encontros que não podemos ter

E essa noite de insônia queria fazer diferente

Gostei até de ficar assim

Passear pelas ruas do sofá da minha casa

Usar lentes cor-de-rosa

Ao invés das opacas,

Me aborrecer com coisas sem sentido,é sem sentido te querer

Te contar coisas,que você não faz por merecer

É POR isso que acho estranho, não estar com você...

E eu fico assim, adivinhando nosso futuro,

Escrevendo destinos de um segundo,

Os dias e noites não parecem ter razão, e os canais da noite, nos lembram mais a solidão.

Incompleto por complemento


Teu fogo, minha terra

Nossos gênios, tua fala.

Acréscimo

Músiquinha de próproduto mal intencionados

Pausas e lembranças de coisas que não vivi

Novo mapa doido do Rio


Correria na Gomes Freire
Nova pílula de diversão
Lavo o rosto e vejo a galera de cervejas e cigarros
Pular pela janela em direção à Santa
Eu me deixava sair
A primeira vista tudo é uma desgraça
E os meninos novos vêem embrulhados em garrafas pet's
Assustados o poder da sintética
Já estou velha demais
Sigo a rua com coca para deixar a cara limpa pra voltar pra casa
Minha turma na primeira página do jornal
Minha cara não é da pior
No meio de beijo a três, surtos e sentimentalismo forçado.
Amasso a lata a pé.. Só falta um gole

Ponta do pé


Burburinhos e animais espalhados
Balanço no quintal da casa
Beijo desconfiado
Noite de dias
Dias de noites doidas
Tensão, tesão e tudo o mais
Toca uma viola, bebe teu café.
Clichê é viver sem saber de nada
E de nada sei
Então engole meu gosto
Surrupia meus medos e dorme comigo
E não liga se te abraçar

Salve Salvia!


Salvia, fumaça e sorrisinhos

Começo de Coisa

Coisa de Nada

Toc-Toc na noite da cidade

Adrenalina de endereço e cano frio

Deixo meus olhos fecharem

Centavos e sorte

Pronto para jogar o capitalismo na janela

Não ligo

Ou finjo não ligar

O que importa é que acredito.

Ficou lindo


Esta vida me parece tão sem sentido
Agora que estamos longe
Até meus pensamentos me parecem distantes
Como uma brisa num dia quente
Como chuva no meu verão
Sua alma desperta em mim
Sensações loucas
Que nada mais me parece real
E me pego agindo como boba
Quando imagino que esta para vir
Por que faço isso?
E todas as vezes que disse
Que não ia mais ligar
Por que ligo?
Deve ser um feitiço
Um encantamento que não me deixa pensar
E ate que não tenha o sugado
Para o interior de mim
Como poderia descançar?

Panorama da sua filosofia


Enfadonho caso da novela das seis
Assistia tudo com zumbido morto
Era ver reprise do Século XIII,
Nenhuma novidade nos livrinhos de colorir
Contavam-me uma sujeira da cidade
Das drogas sujas
Dos sexos barulhentos de gatas doidas demais
E eu balançava, velha e opaca na cadeira de balanço.
Ao me esbaldar com o triviéis de emoções novas
Eu metidinha sapateando peladona na Glória
Mande-me alguma novidade.

Enquanto corria


Se me perguntarem por que o queria tanto

Apenas responderei que ele preenchia.. Todo espaço oco que cada mulher tem.

Que quando me olhava seus olhos brilhavam que às vezes nada dizíamos apenas sabíamos.

Á primeira vista era apenas uma pessoa alta, com olhos pequenos, sorrisos infantis, porém...

Quando ele abre a boca e se deixa levar pelas coisas que movem o mundo nada mais parece importante.

Pode ser que no meio do caminho passe a me questionar por que ele era tão importante na minha caminhada,

Hoje sei que é por que ele era o pedaço em mim que Adão deu a Eva, mesmo sendo ele agnóstico...

Teia


Queria saber

Queria mesmo poder ter certeza das coisas que me impedem

Não há nada mais que me assegura

Apenas uma fina teia de aranha

E cadê todo o resto

Tudo está perdido

Tudo morreu

Sumiu e se foi.

Queria tu


Estava na pilha de sair por ae

Curtir uma rua

Sei lá

Sentar em uma calçada e não ligar se meu vestido me denuncia

Tava na pilha de você

Estava sei lá o que

Queria virar minha noite despreocupada com a manhã

Acordar do teu lado

Pra receber um cafuné

Ou não fazer nada, mas fazer tudo.

Só queria sair daqui.

Tua festa


Pressão de cartolas voadoras...

Pode isso há essa noite?

Sem medo de passear com cabeças borbulhando em trêns Marias Fumaças

Passar a mão de leve na tua vibração instantânea de cor Almodóvar

Ai como eram bons aqueles contos!

Encantos enviados a todas as direções, mas a única coisa que peço.

É algo para amuar minha garganta sedenta

De um bravo vidro de nós

Segure-se nos meus cabelos

Dá no pé e explodir por todos os lados.

Dois pra lá dois pra cá


O borburim, o som é que representa muita coisa.

Equivale a dança de noites passadas

Não sabíamos entender o som,

Ou sequer o que me diziam

Mas dancei direito,

Pisei alguma vez no seu pé?

Favas


Num freio tão desesperado

Que atropelo tudo

E fico horas em bares

Gasto fortunas com nada

Passo noites exaustas

Interagindo com um mundo que nem gosto.

...


Somos seres celestiais como as estrelas

Pena que somos tão imundos como poeira cósmica,

É uma pena que não sumimos como lixo espacial

Sendo jogados a anos-luz daqui..

O tempo e a Geografia


De tempos em tempos eu passo...
Leio-te me apaixono...
Perco-me nas horas do tempo...
Mas em seus versos eu me encontro...

Meu poeta é destro...
E em seus versos me deixa viajar...
E te lendo vou me reconhecendo...
E sozinha sorrio lendo seus versos...

Há poeta que em seus versos me despe...
E aos poucos te busco nos versos incertos...
Alguma resposta pra me recompor...

Com a agulha do vento
Remendo amores esfarrapados...
Desejos infundidos...
E uma saudade que desfia lentamente...
Mas em teus versos eu me encontro...

Madrugada vazia...
Vencida pelo tempo rasgo...
Os mapas de meu destino...
E te desafio...
Será que agora perdida estarei...
Ou ainda há tempo para um único beijo proibido...
Pois em teus versos eu ainda me encontro...

Wel...


Dava-me um náusea aquela transparência de verdades lúcidas

A cada marca era um rastro mal disfarçado da desgraça da sociedade

Era como se o mundo se perguntasse

O que faremos com ele?

Era apenas uma alma mal encaminhada da sociedade

E diz que quando voltarmos seremos melhores

Esse é o retrato de um câncer que corre pelas veias dos brasileiros amaldiçoados pelo capitalismo

É a morta na vida

Em cada foto seus olhos eram de cores diferentes

Mas nota-se,

Só olhe um pouco mais

E verá que a expressão, as correntes e os cadeados sem chaves que os amarram não some.

Não muda

O jeito grotesco infantil de meia idade de se colocar em posição de desgraça

Como se esperasse a tempestade pulando na árvore

Me enjoa pessoas doentes de uma condição a que são consumidas..sendo eternas hospedeiras de um parasita social que retira todas as formas de salvação

Morro, morro, morro de nojo,

E me deparo sendo cortês só para satisfação do ego, mas em verdade.

Sinto o pânico que ele sente

Sinto as correntes, os cadeados. E vejo também a corrida desesperada pela chave, mas ela nunca abre o cadeado.

Jamais abriu...

blábláblá do amor


Não quero mais fazer amor, para não andar de mãos dadas.

Não quero mais fazer amor, pra me sentir culpada.

Embora não faça amor, sem ter amor igual ao seu.

E mesmo dizendo que não sinto nada

Amor não seria amor sem você e eu

E no meio de toda minha frieza surge você

De olhos tão abertos

Sorrisos tão singelos

Não querendo nada, mas levando tudo de mim.

E por que a vida agora me parece certa

Se você participar

Não há nada nesse mundo é mais bonito

Se você não está

Caminhos incertos não seriam iguais se não fosse uma paixão

Se te esperar não fosse tão duro,

Se me afastar não fosse suicídio

Mas as vezes as coisas são assim

Suicida é quem quer se apaixonar

Ainda bem que nossos corpos se acostumam a tudo

Me costumo com não te ver

Se tua voz não me acalmar

Caixa de lápis de cor


Já não me importava com nada

Tudo estava bem, bom e ok.

Estava transbordando

Me esbaldando de você

Por todos os lados

E era uma paz devastadora

Que me ariçava os pêlos da nuca

Fazia-me rir à toa

Me deixava livre

Mesmo se eu não quisesse voar

Suspirava tardes sem fio

Esperando o som da sua voz

Nada mais no mundo todo

Faria o qualquer sentido

As piadas já não eram mais engraçadas

O paladar já não tinha mais tempero

Até meu cigarro fumava de um jeito diferente

Tudo ficou cinza, cinza e cinza.

E esperei, esperei, esperei

Que viesse colorir minha vida...

slow motion


Saudades que não vejo
E quem jamais verei
De mudanças que não vinham
De planos tortos
Do corpo de rede quente
Oh que saudades de coisas que eu não sei dizer
De rir de você contar historias doidas
De achar que tudo vai dar certo,
De escrever no caderninho da Clarice
Eu sei que acaba
Que isso passa
Que o rio corre normal e tudo funciona
Mas queria voltar uns dias atrás
Quando colocamos alianças imaginárias e ficamos felizes com nada
E de nada adianta minhas saudades?
De quantos outros já senti?
Queria poder acertar um erro
E parar de errar nos acertos
Por pelo menos uma vida
E o que é uma vida hoje em dia?
E de nada adianta se continuo com minhas noites e dias corridos de trás pra frente
Se queremos tudo e nada fazemos
Oh recobre seus sentidos!
Recomponha-se e ponha sua cabeça nos meus seios
E descanse que não queremos mal a ninguém
E ninguém há de querer nosso mal.

Long Way


Trilhos engarrafados de benzina

Coxas quentes rodopiando de lados a outros

Tudo que falamos em línguas parece poesia

O Gosto do seu suor primata!

Não há nada que eu possa te oferecer que já não foi oferecido

Chegará o inverno murcho e impessoal

E já me esquecerei do esvoaçar dos seus olhos comprimidos

Sua dissimulação ao penetrar!

Não acredite! Tudo é sempre uma gravação

A turma já se dissipou no calor dos pólos do Acre

SUA TURMA!

Eles abalaram Bangu de todos os ventos por todos os lados

Inventaram novas marchinhas de carnaval fluminense!

Viraram confetes jogados pelo ar!

Conversaram, ferveram e jogaram seus búzios

Não queira saber o quê deu...

It’s a Long Way

Só nos sobra o cotidiano juvenil que deveria ser enlouquecedor

Mas não temos drogas mais fortes!

Sobra as festinhas, cervejas em copos de plástico biodisel

Beijo a três

Sexo com meninas

Fotografias espalhadas a chão de ópio

Contos

Cantos

Ianomâmis na Floresta!

Um blábláblá de uma turma que não é minha

Mas pertenço de um jeito ou outro

E uma sensação que falta alguma coisa

Só não sei o que é

Então me aconchego em travessuras e gostosuras

O Gosto de boca me lembra morfina

E caiu em orgias imaginárias!

Deparamos-nos com gargalhadas enlouquecedoras na hora do jantar

Quem comeu? Eu comi você, ela e eles...

Falta mesmo algo?

 “Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais”
(Isso se refere à trupi de coxas duras)

Tô lendo Eu mesma... Enlouqueço em breve!

Não durmo há anos e a cada noite converso com um personagem diferente

Aproxima-se a hora do baque!

Alguém dê o sinal, por favor...

Sexo


Minha garganta emite uns sons que jamais jurei poder fazer
E juro ser sinceros
A proximidade de tua sombra arrepia-me nos braços,
Nas pernas e seios
Tudo entra em frenesi
Quando você entra.
Não saia jamais.
Arranho a cama
Mordo teu corpo
Queria comê-lo vivo
E como... Eu como.
Peço, grito imploro por mais.
Descubro que sou um animal
E ser sua animal me deixa feliz
Mesmo quando machuca meu colo
Quando me puxa pelo cabelo.
Te comeria sim..

Tentação de Eu


Um café, por favor?
Nada mais clichê, mas que se foda.
Nem de café eu gosto
Tu chegas, tu envolves, tu me matas.
Abocanha-me o calcanhar,
Morde-me o pescoço
O meu Eu
Eu te estupro, te deturpo, te roubo e te corrompo
Tu me sorri de volta
Sufocante de meu gozo
E me passa um café
Acende meus cigarros
Fala com tua voz de chiada, irrita-me
E começa com tuas unhas, teus cheiros, tuas baforadas.
Esqueço.
Tu piscas de volta
Feliz com meu gozo
Pega o que é seu
E fecha a porta ao sair pelo imundo corredor.

Cheiros de nós


Acompanhado de uma chuva tórrida
Uma mecha de luz, um cheiro de mato.
A alegria do não poder conter
E não podia
E não queria
Avistei tem corpo pálido
Estirado como defunto
Num repouso manso, que Buda abençoou.
Teu seio no balanço do seu ar
Teu corpo cheirando a mim, eu cheirando a ti,
Teu sexo
Exposto e milagroso
A nuvem densa se espalha
Você se levanta
Eu morro em mim mais uma vez.

Fabuloso mundo baixo


Um poema chulo riscado na mesa de um bar.

Que alguém me dizia que dias são apenas cálculos na nossa cabeça

Aonde mesmo que deixei meus óculos?

Quando era um menino, e ainda me sinto, mesmo com os cálculos errados.

Via mágica e achava que o que não era magia

Era irreal

E foi assim que você me apareceu

Irreal demais como contos de menino para dormir

Um copo, uma nuvem, um fio de cabelo.

A primeira vista tudo deriva a desgraça

Até os garotos que hoje escrevem na minha porta

Termino meu quente, não aceno a quem me estende a mão.

Apenas corrijo tua bondade sã,

Ponho os pés no chão.

Acabou graça


Remédio novo

Nova droga de dormir

Embalo-me em sono abalo

Em sonhos constantes

Sonhei e me pus a sonhar

E que no meio da febre, do caos, da tosse.

Encontro tu e tua amante

E sinto que nada há,

Que bicho maluco é o homem

Esqueci como era eu

No meio de tua vida e como passa

Ainda estou no balanço do trêm

Na maresia no mar

O calor da tua febre

E você?

Onde está?

Acabou a magia de Santa Tereza

Acabou sua graça e seu nariz

Despeço-me sem dó nem piedade

Nem de mim, nem de ti.

E se a gente se esbarrar pelos bares

Dessa vida que levamos igual

Te pago uma cerveja barata

Troco uma idéia contigo e vou ir embora

Antes que tudo fique mal.

Seguindo

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