terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bem,


Ele dizia coisas óbvias
Ele ria tão seriamente
Tão estupidamente
E tudo ficava bem
Tudo bem

Eu andava descontrolada pelos trêns e estações
Nada fazia sentido e ele dizia:
"Isso não é nada demais"
Eu estava usando roupas com bolinhas
E ele mostrou se importar como ninguém mais
E eu o seguia.

Eu me deixei tentar e me explicar de novo
Mesmo que não fosse ser ouvida, de novo
Entendi que mesmo que ele não falasse
Ele ouvia
Mas mesmo quando eu olho pra ele,
Eu o vejo de forma tão bonita
E e apenas isso que sinto por você
E mesmo que isso seja assustador
E isso que eu penso sobre voce

Ele dizia, quente
Eu dizia, você.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Skap


Essa música me devota alegria pela genialidade, mas tb tristeza pela inveja de não ter pensado nisso antes.. mas me conformo por saber que jamais faria.

' Quando você pinta tinta, dessa tela cinza
Quando você passa doce, dessa fruta passa
Quando você entra mãe-benta, amor aos pedaços
Quando você chega nega fulô
Boneca de piche
Flor de azeviche

Você me faz parecer menos só
Menos sozinho
Você me faz parecer menos pó
Menos pozinho

Quando você fala bala, no meu velho oeste
Quando você dança lança flecha, estilingue
Quando você olha molha meu olho que não crê
Quando você pousa mariposa morna, lisa
O sangue encharca a camisa


Quando você diz, o que ninguém diz
Quando você quer, o que ninguém quis
Quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
Quando você arde, alardeia sua teia cheia de ardis
Quando você faz a minha carne triste, quase feliz. '

http://www.youtube.com/watch?v=YOM6EILyqRw&feature=player_embedded

segunda-feira, 11 de outubro de 2010


Oh, já que vai tão clandestino
Tão vestido de menino
Tão só
Já que quase não aguenta
Grávida de tormenta
Evolução do que era pó
Oh! deliro delirante
Que se fez tão importante
Tão difícil de conter
Já que sabes meu caminho
Que experimentou meu desalinho
Vá embora depressa
Vá sem antes viver

Sem amarras que nunca te possui
Sem passado
Resgatando quem estava alí
Vá antes que o ar te afogue
Ou antes que não volte
Pra mim

Pequenas anotações


A mente traiçoeira que tanto engana
Acaba por marginalizar minhas emoções

Tantos Tão


Se eu fosse contar as estrelas da sua boca
Deveria beber essa noite
Te beber essa noite
Vez por vez
Pulando etapas de verão
Mergulhado no ninho
Antes que o Outono morra

Tantos corpos
Todos presentes
Tão voluptos
Tão envolventes

Tanto silêncio
Tão doente
Tanto tesão
Confundindo sua mente

Assim a brisa leva o claro
Não posso negar
Assim o Sol leva o calor
Não posso deixar

Pequenas notas


Eu esfarelo como o deserto
Em um mar de caos
Um tufão de maus
É melhor sofrer no canto
Do que sofrer no choro

Calendário


Quem me tornei?
Meu próprio retrocesso?
Aquela repetição enfadonha
Que me posto a colocar
O mês
Agarrado ao calendário
Sem me livrar
Sou o oposto de mim
Que insisto em escutar

Rabisco curto


Eu queria não ter que escrever no punho
O quê rabisca no coração

Partes

É que se amar pela metade
Se sofre menos
Se gritar pelos cotovelos
Se rala menos
Cansei de ser menos que sou
De ser sua metade
Cansei de me fumar
Pelo menos em partes

Para - Ráio

Sou seu para-ráio?
Queimado em brasa viva
Ruminando a sede
O torpor
De uma nota desafinada
Filtrando seu pior
Sua bedida de veneno
Sou se band-aid?
Que só te cura
De feridas dadas a mim
Sou seu irmão gêmeo-feio?
Uma sequela mal vivida
O intestino que sai no lugar do bêbe?
Um dia, que essa brisa grossa voar
Que os barcos guardados
Se acharem no caís
Será atrasado
Será como sempre
Será tarde demais.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vento Rotineiro



E que se move tão devagar aceleradamente
Que assopra e cura
Aborve e espanta
Me encanta
Arrepia e me transa
Na trama desigual de dedos
Semi-traçados em veias
Que expandem espaços
Surreais
Dentro da minha cabeça
Num espasmo tão violentamente necessário
Esparece todas as lembranças
Antes que se toque a horizontal
Dorme aquecido entre meus piores lados
E sonha com todas as ilusões
Nessa fúria,
Comida da ambição carnal
Se expulsa do mundo
E vive só hoje
Só meu..


Absorva


' Vai, me absorve que hoje eu quero ser só seu
Me dissolve e mexe com a colher
O seu prato predileto e quando eu digo não
Não quero mais ser só
Não quero mais ser seu só
Não quero mais
Me absorva mais
Seu sorriso é um paraíso
E no ar voou em transe ao sol
Para me livrar de tanto mar
Resolvi espairecer, aparecer sem avisar
Pra não ser sempre na mesma rotina de ilusões ' ..

http://www.youtube.com/watch?v=3g4rGx65biY

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