quinta-feira, 31 de maio de 2012

W. A.

Não da pra negar essa a verdade, nos não queremos ser aceitos por quem nos convida, só queremos ser aceitos por aquilo que não temos, por isso que o gramado do vizinho e mais verde, nos, inegavelmente não aceitamos nossas condições  e sempre vamos querer aquilo que não temos. SEMPRE?





sexta-feira, 25 de maio de 2012

Te levo para ver o mar


Vi meus pés subindo aquelas escadas lascadas antigas.
Degrau por degrau
Rachadura por rachadura
Vi tudo tão tortamente e porcamente que apenas por hábito continuei subindo.
Só podia me fitar nós pés, aquele cansaço me sacudia as pernas, e na verdade não havia coragem de olhar para frente.
A porta abre, a mente fica, aonde tudo começou outra vez.
Naquela segurança de paredes, meu corpo por fim se dissolveu e a mente ainda esperava te ver sentado, entrando, tocando, estando. E não havia nada disso hoje
E no fundo era disso o mais que você gostava, quando por fim eu empacotava seus pertences e deixava um recado com o porteiro: - “Não o deixe entrar”.
Era sua maior refeição ter meu não explícito na porta da nossa casa. Sua casa, minha casa, aquela que juntos nós decidimos morar.
E por fim eu não queria mais ser tão só, e não queria mais ter que ser apenas sua e só.
E não queria mais.
O telefone toca, você, cortina, chão e NÃO! Não porra! Eu disse não!
E lá estava ele, lá estava eu, naquela mesma agonia, mergulhando em chão duro, de qualquer jeito, com qualquer tesão, me rasgando, me tomando e por fim. Fim e fim.
Nós sorrimos junto, e seu sorriso, aquele já tão antigo, dos quais conheço todas as marcas dos teus dentes, tão marcados de tabaco e de repente ninguém mais sorri.
Mensagem na secretária eletrônica, é tudo mundo, é ninguém e não é você.
Tem alguém na porta, tem sempre alguém lá, e sempre entra você, se desculpando dos meus expulsos, com suas prendas roubadas do jardim vizinho e te vejo entrar tantas vezes, dentro de um minuto e eu sempre abrir a porta e te dar passagem, colocar a planta no vaso e espairecer num abraço e prometer que te levo pra ver o mar antes de dormir.
E acaba sendo mais um desses encontros que você não avisa que vem a sua casa, para a gente se enganar que você não mora aqui e eu te mandar ir, antes que eu acredite que você pode nos deixar.
O porteiro é o único que vive mais que nós nossas próprias ilusões.
Eu te levo a praia essa noite, eu cumpro as minhas promessas, eu espaireço no seu abraço, eu abro a porta para você, nós entramos novamente na nossa rotina, só que não tem ninguém na porta, hoje não tem mar, o telefone não toca, nem o porteiro me avisou que você passou por lá. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Para a Tristeza de Fernanda Young

"Companheira, sei que você vai chorar quando ler esta carta. 
Vai ser difícil para mim, pois me acostumei à sua presença, porém não vejo mais motivos para continuarmos juntas.
Perdi anos de minha vida ao seu lado, tristeza, acreditando que o amor não existe e o mundo não tem jeito. 
Você é péssima conselheira.
Chegou a hora de dar chance à alegria, que há muito tem mostrado interesse em passar um tempo comigo.
Desde criança, abro mão de muita coisa por você. Festas a que não fui porque você não me deixou ir, paisagens lindas nas quais não reparei porque você exigiu de mim total atenção.
Quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas estampadas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui.
Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim.






Como disse Lulu hoje de manhã a caminho do trabalho: 'Não te quero mal, apenas não te quero mais'."

Só mesmo a Fernanda Young para me dizer dessa maneira, ando lendo muitas coisas legais dela, na verdade tudo que leio dela é muito legal e esse texto se encaixou com muita precisão nos dias de hoje,  acho que a felicidade assim como a tristeza são realmente escolhas às vezes, e eu as escolhi por várias vezes mas hoje estou tendo maior cuidado de ser feliz, acima de qualquer coisa..procurar ser feliz.

terça-feira, 15 de maio de 2012

500 Dias


Não enche Aroldo!

Rs! para o mundo que eu quero descer!
Esse clipe do Caetano indicado pelo meu Aroldinho é muito descarrego!
O que foi a cuspidela? Ele se babou ou tacaram nele?! (1:49)
E o balé dele enrolado no cachecol vermelho fazendo a gazela! (2:44)
E o que foi aquele tapa?! ( 3:52)
GE-NI-AL!!!!!
Tô desmoronando de rir!




"Vagaba! Vampira!
O velho esquema desmorona
Desta vez prá valer
Tarada! Mesquinha!
Pensa que é a dona
E eu lhe pergunto
Quem lhe deu tanto axé?
À-toa! Vadia!
Começa uma outra história
Aqui na luz deste dia "D"
Na boa, na minha
Eu vou viver dez
Eu vou viver cem
Eu vou vou viver mil
Eu vou viver sem você... "

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Happy Happy birthday

Hoje é meu aniversário, é a minha data importante e minha data de comemoração
É a data que eu me desejo tudo de bom junto com os demais.
Hoje é meu aniversário de novo e com esse já foram vinte e três, então vamos dizer que eu tive vinte e três tentativas de acertar na hora de parabenizar, mas assumi que eu erro em todas.
Quando aquelas pessoas se reúnem ao redor de mim, com um bolo no centro todas batendo palma cantando aquela velha canção ‘Parabéns pra você’ que acomete um constrangimento instantâneo, ainda mais depois de um bolo de serpentina ter explodido na felicitação e eu nunca sei para onde olhar o que fazer, acho que nem com cem tentativas ninguém sabe.
Meus amigos do meu novo trabalho pela primeira vez me abraçaram e eu me senti como criança sendo abraçado pelos parentes estranhos e com pouco contato.
Meu irmão me ligou meia-noite em um antigo ritual de quando eu era muito criança de cantar ‘Leãozinho’ para ser o primeiro a me desejar felicidades, coisa que a muuuuuuuuito tempo ele não fazia e a muuuuuuuuuuito tempo eu sentia falta.


Depois de vários anos essa é a primeira vez que eu comemoro inicialmente com minha família e a minha nova família que é a do Erick, é a primeira vez que ganho tantos presentes e que cada pedido e desejo de tudo de bom, paz e felicidade fazem mais sentido na minha cabeça.
Hoje das duas vezes que eu acordei eu me senti muito feliz, e ao longo do dia fiz questão que tudo fosse feliz também, acho que são as coisas que a gente emana, de dentro pra fora mesmo. 
E melhor de tudo, me senti criança... E como é bom se sentir criança às vezes!
Acho que a minha felicidade também vai do fato da Caixa ter aprovado nosso orçamento, então logo estarei me mudando também.
Enfim, estou ficando mais velha e envelhecer é muito bom... Bom pelo menos para mim.
Felicidade aos velhos, a mim e quem também não sabe o que fazer na hora de partir o bolo.. Também aos meus amigos que vão topar o mesmo bar de sempre amanhã, por que hoje eu to família, amanhã não mais!


sexta-feira, 4 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ah vá!

E como já me diziam, pra bom entendedor meia palavra basta
Para mim não basta meia duzia no ar.
Que se tiver que dizer, o que quiser dizer, que o  fa
Mas essa palhaçada de dizer por ai e para quem quiser
É desocupação demais do ser humano.
Disse e afirmo quem eu sou, ao menos não fico me escondendo  atrás de ninguém, de um post, ou de uma enxurrada da tapa buraco mental. Cada um se faz e se enconde no que quiser, fazer o quê?
Se não quiser ler é simples demais, só não clicar no navegador http://amandabcamilo.blogspot.com.br/
E assim quem sabe nos poupa de uma regressão?
Não convido geralmente ninguém pra vir aqui, não convido principalmente quem não está convidado a minha vida. 
Eu sou a favor de felicitações e embora uns e outros não mereçam, eu ainda desejo o bem alheio, mesmo que desse bem para alguns o inferno esteja cheio, agora o fim e receber uma ligação no meio da tarde, no meio do meu trabalho pra ver a opinião  hipócrita  de quem deveria ter muito o que fazer, mas pelo visto ainda não faz nada. 
Escrevo agora para esses que se merecem, e de tanto se engolir, um dia vão acabar se cuspindo, os que com tanta novidades e programas importantes deveriam perder menos tempo com quem diz : - ''Já fui sim mal- caráter, sou e posso voltar a ser'' e quero ver se esses alguéns têm a coragem de assumirem quem são, ao menos para eles mesmos e reconhecer que de santo ou de boa gente, não posso citar um.
Posso ser e ter sido tudo nessa vida, mas quando qualquer um precisou de mim ( E como precisaram) Eu nunca neguei, nunca fui falsa, displicente nem sequer mentirosa e nenhuma dessas pessoas nesse momento não se importaram se eu era mal-caráter ou não e mesmo depois de qualquer desfecho que nós trouxemos sempre conservei um respeito a cada um, não paro pra externar uma palavra mal-dita, pelo contrário.
E no meio disso sinto até um  alívio, por  às vezes  me sentir só, mas pelo menos não ter que carregar um desespero, de ficar na solidão e me pendurar que nem um macaco em quem no fundo nem sequer tolero, mas pelo menos  é  melhor do que beber sozinha
E que se  fa da frase da Paola Bracho as minhas : " O dia que eu precisar de alguém como você, sento no vaso sanitário e faço um! Com muita classe é claro. "




quarta-feira, 2 de maio de 2012

Palavras do ator Wagner Moura sobre o Pânico na TV, em carta aberta, divulgada no globo.com:

Querida Web

“Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total. Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo “que coisa horrível” (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.

” O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice ”

O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.

” Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência ”

Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa. Tive pai e mãe. Tinham pais esses paparazzi que mataram a princesa Diana? É jornalismo isso? Aliás, dá para ter respeito por um sujeito que fica escondido atrás de uma árvore para fotografar uma criança no parquinho? Dois deles perseguiram uma amiga atriz, grávida de oito meses, por dois quarteirões. Ela passou mal, e os caras continuaram fotografando. Perseguir uma grávida? Ah, mas tá reclamando de quê? Não é famoso? Então agüenta! O que que é isso, gente? Du Moscovis e Lázaro (Ramos) também já escreveram sobre o assunto, e eu acho que tem, sim, que haver alguma reação por parte dos que não estão a fim de alimentar essa palhaçada. Existe, sim, gente inteligente que não dá a mínima para as fofocas das revistas e as baixarias dos programas de TV. Existe, sim, gente que tem outros valores, como meus amigos do MHuD (Movimento Humanos Direitos), que estão preocupados é em combater o trabalho escravo, a prostituição infantil, a violência agrária, os grandes latifúndios, o aquecimento global e a corrupção. Fazer algo de útil com essa vida efêmera, sem nunca abrir mão do bom humor. Há, sim, gente que pensa diferente. E exigimos, no mínimo, não sermos melecados.

No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a “cagada” que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?”

Seguindo

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