domingo, 28 de junho de 2009

pernas


Contentava-me com pouco
Com tuas labaredas
Danças de pernas de pau
E com meus sonhos de nossas paredes
Seringas sujas espalhadas pelo chão
Caridades
Tua força de homem
Meus dias contados
BláBláBlá no telefone roubado
A maior larica de São Gonçalo
Rio Niterói, aí vamos nós.
Marco Sul de propostas recusáveis
Cigarros apagados no nosso banho
Que delícia tua pele ao som de Caetano
Vamos fazer roda,
Vamos pular pelos mares sem direção
Tu trás os mapas, os vícios a água fresca.
Eu trago a mim,
Teu corpo
Minhas canções.

domingo, 21 de junho de 2009

Ensaio de todos os doidos


-Tire os pés da cadeira, mocinhos... mocinhos
Olhe bem a rua, faz a gentileza? Traz a merda da mocinha.
-Como vai?
Perguntinha cretina de sujeitinho de subúrbio?
Sim, podemos sair da casa.
-Lista do não:
“-Não pode dizer não na minha casa”.
-Tire sim as roupas
-use sim as drogas
-faça sim sexo desprotegido
Mas que merda Leo! “Derramou esta bosta no meu vestido.”
- Mancha? -
-Vamos organizar esse estardalhaço:
Por favor, sem ameaças com copos de vidros.
Você senta aqui,
Você coloca isso pra fora,
Você faz essa cara,
Você grita isso assim,
E clik, clik, clik.
Rodando... Ação nessa porra!
-Passa um cigarro per favore?
Sem gírias na casa dos estranhos.
"I will let you down,
I will make you hurt"
Só mais uma vez.
-Bom, doses generosas na minha caneca sí?
Idéia? Idéia? Dinheiro não vale nada na Terra do Nunca, Zé.
Combinado, mas não mostro meu peitinho esquerdo.
-Objetivo? Objetivamente? Certo, posso fazer isso:
A verdade é um cobertor que deixa seus pés frios.
Sobre a mentira?
Eu não sou de verdade.
-Sejamos racionais, uma vez? Certo?
Carol passa o cigarro a sua direita... Direita, o outro lado! Tá esquerda...
Você não vai durar, Você tem validade, como esse cigarro aceso na minha mão,uma hora ele acaba, senão ele te queima.
- Gargalhada -
Não há outro jeito?
Da morte não sei o dia mais posso saber.
- Silêncio-
Somos apenas a escória do comércio social!
Apenas subprodutos de uma realidade inventada por nossos antepassados!
Peixinhos...
Peixinhos e
Peixinhos fora d'agua...
Quem te disse que Você não é um macaco?
Alguém traz a enciclopédia por aí?
Som do dia:
Não ouvi.
Luz do dia:
Não vi.
Frase do dia:
Não falei.
Mas que diabos você fez todo o dia?
Well, well, well, well, well, well.
Vamos renascer, fura meu dedo? Quero compactuar com você.
-: “Aee, que coisa louca!” - Panqueii!
“Para de me oferecer essa merda ae!”
( Risos)
Se tem uma coisa que eu acredito, se tem uma única coisa que eu acredito mesmo, sem questionar, está anotando?
Anota esse lixo ae:
Que a minha memória é uma merda, esqueci minhas crenças. No duro.
Vamos voltar?
Nade.
Nada mais cretino mandá-lo de volta...
Cada um tem o que Deus quer...
Filha da Puta! Não use o nome D'ele na minha onda.
Vamos filmar e dá à cigana? Podemos?
Combinado?
Quantos contra?
Levantem o braço per favore?
Quantos a favor?
Podem abaixar o braço
Abstenções... Abstenções? Alguém aqui não sabe o que é abstenção?
Pois nós somos seres celestiais como as estrelas.
Pena que somos tão imundos como poeira cósmica.
É uma pena que não sumimos como lixo espacial.
Sendo levados a anos-luz daqui.
Ok, Ok... Se você não entendeu, repita comigo pelo menos cinco vezes na frente do espelho:
"Curta a viagem. O homem surgiu quando um macaco resolveu experimentar um cogumelo. •”.

Comeria


Se eu pudesse lhe comia,
Devoria seu corpo,
Viveria sob seus poros e
Queimaria quando e onde quisesse nos teus sentidos
Viveria imersa a louca realidade
Gozando apenas do prazer do teu corpo
Enquanto o meu agüentasse vive sobre o seu,
Seriam seus ossos, sua mente, sua pele, sua língua.
Seria tudo de belo que Deus já me deixou ver
Esqueceria a razão, os sentidos, a alma.
Só viveria para viver em você...
Seu amor é como meus inúmeros cigarros
Me queimam, me fazem tremer e apagam
Antes do tempo planejado
Em pensar que antes me acalmava,
Sua sutil devoção,
Se consumando dentro dos meus lábios
Como é difícil reconhecer o fim
Como é fácil substituir o presságio
Mas este tipo de fogo
Nunca mais vejo, nem acho.

Canais Noturnos


Ouço o som da cidade acordando,

As buzinas dos carros lá fora

Só vejo a luz da televisão agora

Esses canais noturnos me lembram você de maneiras diferentes,

De quanto tempo a gente não se vê,

É estanho, não estar com você.

Lembro dos encontros que não podemos ter

E essa noite de insônia queria fazer diferente

Gostei até de ficar assim

Passear pelas ruas do sofá da minha casa

Usar lentes cor-de-rosa

Ao invés das opacas,

Me aborrecer com coisas sem sentido,é sem sentido te querer

Te contar coisas,que você não faz por merecer

É POR isso que acho estranho, não estar com você...

E eu fico assim, adivinhando nosso futuro,

Escrevendo destinos de um segundo,

Os dias e noites não parecem ter razão, e os canais da noite, nos lembram mais a solidão.

Incompleto por complemento


Teu fogo, minha terra

Nossos gênios, tua fala.

Acréscimo

Músiquinha de próproduto mal intencionados

Pausas e lembranças de coisas que não vivi

Novo mapa doido do Rio


Correria na Gomes Freire
Nova pílula de diversão
Lavo o rosto e vejo a galera de cervejas e cigarros
Pular pela janela em direção à Santa
Eu me deixava sair
A primeira vista tudo é uma desgraça
E os meninos novos vêem embrulhados em garrafas pet's
Assustados o poder da sintética
Já estou velha demais
Sigo a rua com coca para deixar a cara limpa pra voltar pra casa
Minha turma na primeira página do jornal
Minha cara não é da pior
No meio de beijo a três, surtos e sentimentalismo forçado.
Amasso a lata a pé.. Só falta um gole

Ponta do pé


Burburinhos e animais espalhados
Balanço no quintal da casa
Beijo desconfiado
Noite de dias
Dias de noites doidas
Tensão, tesão e tudo o mais
Toca uma viola, bebe teu café.
Clichê é viver sem saber de nada
E de nada sei
Então engole meu gosto
Surrupia meus medos e dorme comigo
E não liga se te abraçar

Salve Salvia!


Salvia, fumaça e sorrisinhos

Começo de Coisa

Coisa de Nada

Toc-Toc na noite da cidade

Adrenalina de endereço e cano frio

Deixo meus olhos fecharem

Centavos e sorte

Pronto para jogar o capitalismo na janela

Não ligo

Ou finjo não ligar

O que importa é que acredito.

Ficou lindo


Esta vida me parece tão sem sentido
Agora que estamos longe
Até meus pensamentos me parecem distantes
Como uma brisa num dia quente
Como chuva no meu verão
Sua alma desperta em mim
Sensações loucas
Que nada mais me parece real
E me pego agindo como boba
Quando imagino que esta para vir
Por que faço isso?
E todas as vezes que disse
Que não ia mais ligar
Por que ligo?
Deve ser um feitiço
Um encantamento que não me deixa pensar
E ate que não tenha o sugado
Para o interior de mim
Como poderia descançar?

Panorama da sua filosofia


Enfadonho caso da novela das seis
Assistia tudo com zumbido morto
Era ver reprise do Século XIII,
Nenhuma novidade nos livrinhos de colorir
Contavam-me uma sujeira da cidade
Das drogas sujas
Dos sexos barulhentos de gatas doidas demais
E eu balançava, velha e opaca na cadeira de balanço.
Ao me esbaldar com o triviéis de emoções novas
Eu metidinha sapateando peladona na Glória
Mande-me alguma novidade.

Enquanto corria


Se me perguntarem por que o queria tanto

Apenas responderei que ele preenchia.. Todo espaço oco que cada mulher tem.

Que quando me olhava seus olhos brilhavam que às vezes nada dizíamos apenas sabíamos.

Á primeira vista era apenas uma pessoa alta, com olhos pequenos, sorrisos infantis, porém...

Quando ele abre a boca e se deixa levar pelas coisas que movem o mundo nada mais parece importante.

Pode ser que no meio do caminho passe a me questionar por que ele era tão importante na minha caminhada,

Hoje sei que é por que ele era o pedaço em mim que Adão deu a Eva, mesmo sendo ele agnóstico...

Teia


Queria saber

Queria mesmo poder ter certeza das coisas que me impedem

Não há nada mais que me assegura

Apenas uma fina teia de aranha

E cadê todo o resto

Tudo está perdido

Tudo morreu

Sumiu e se foi.

Queria tu


Estava na pilha de sair por ae

Curtir uma rua

Sei lá

Sentar em uma calçada e não ligar se meu vestido me denuncia

Tava na pilha de você

Estava sei lá o que

Queria virar minha noite despreocupada com a manhã

Acordar do teu lado

Pra receber um cafuné

Ou não fazer nada, mas fazer tudo.

Só queria sair daqui.

Tua festa


Pressão de cartolas voadoras...

Pode isso há essa noite?

Sem medo de passear com cabeças borbulhando em trêns Marias Fumaças

Passar a mão de leve na tua vibração instantânea de cor Almodóvar

Ai como eram bons aqueles contos!

Encantos enviados a todas as direções, mas a única coisa que peço.

É algo para amuar minha garganta sedenta

De um bravo vidro de nós

Segure-se nos meus cabelos

Dá no pé e explodir por todos os lados.

Dois pra lá dois pra cá


O borburim, o som é que representa muita coisa.

Equivale a dança de noites passadas

Não sabíamos entender o som,

Ou sequer o que me diziam

Mas dancei direito,

Pisei alguma vez no seu pé?

Favas


Num freio tão desesperado

Que atropelo tudo

E fico horas em bares

Gasto fortunas com nada

Passo noites exaustas

Interagindo com um mundo que nem gosto.

...


Somos seres celestiais como as estrelas

Pena que somos tão imundos como poeira cósmica,

É uma pena que não sumimos como lixo espacial

Sendo jogados a anos-luz daqui..

O tempo e a Geografia


De tempos em tempos eu passo...
Leio-te me apaixono...
Perco-me nas horas do tempo...
Mas em seus versos eu me encontro...

Meu poeta é destro...
E em seus versos me deixa viajar...
E te lendo vou me reconhecendo...
E sozinha sorrio lendo seus versos...

Há poeta que em seus versos me despe...
E aos poucos te busco nos versos incertos...
Alguma resposta pra me recompor...

Com a agulha do vento
Remendo amores esfarrapados...
Desejos infundidos...
E uma saudade que desfia lentamente...
Mas em teus versos eu me encontro...

Madrugada vazia...
Vencida pelo tempo rasgo...
Os mapas de meu destino...
E te desafio...
Será que agora perdida estarei...
Ou ainda há tempo para um único beijo proibido...
Pois em teus versos eu ainda me encontro...

Wel...


Dava-me um náusea aquela transparência de verdades lúcidas

A cada marca era um rastro mal disfarçado da desgraça da sociedade

Era como se o mundo se perguntasse

O que faremos com ele?

Era apenas uma alma mal encaminhada da sociedade

E diz que quando voltarmos seremos melhores

Esse é o retrato de um câncer que corre pelas veias dos brasileiros amaldiçoados pelo capitalismo

É a morta na vida

Em cada foto seus olhos eram de cores diferentes

Mas nota-se,

Só olhe um pouco mais

E verá que a expressão, as correntes e os cadeados sem chaves que os amarram não some.

Não muda

O jeito grotesco infantil de meia idade de se colocar em posição de desgraça

Como se esperasse a tempestade pulando na árvore

Me enjoa pessoas doentes de uma condição a que são consumidas..sendo eternas hospedeiras de um parasita social que retira todas as formas de salvação

Morro, morro, morro de nojo,

E me deparo sendo cortês só para satisfação do ego, mas em verdade.

Sinto o pânico que ele sente

Sinto as correntes, os cadeados. E vejo também a corrida desesperada pela chave, mas ela nunca abre o cadeado.

Jamais abriu...

blábláblá do amor


Não quero mais fazer amor, para não andar de mãos dadas.

Não quero mais fazer amor, pra me sentir culpada.

Embora não faça amor, sem ter amor igual ao seu.

E mesmo dizendo que não sinto nada

Amor não seria amor sem você e eu

E no meio de toda minha frieza surge você

De olhos tão abertos

Sorrisos tão singelos

Não querendo nada, mas levando tudo de mim.

E por que a vida agora me parece certa

Se você participar

Não há nada nesse mundo é mais bonito

Se você não está

Caminhos incertos não seriam iguais se não fosse uma paixão

Se te esperar não fosse tão duro,

Se me afastar não fosse suicídio

Mas as vezes as coisas são assim

Suicida é quem quer se apaixonar

Ainda bem que nossos corpos se acostumam a tudo

Me costumo com não te ver

Se tua voz não me acalmar

Caixa de lápis de cor


Já não me importava com nada

Tudo estava bem, bom e ok.

Estava transbordando

Me esbaldando de você

Por todos os lados

E era uma paz devastadora

Que me ariçava os pêlos da nuca

Fazia-me rir à toa

Me deixava livre

Mesmo se eu não quisesse voar

Suspirava tardes sem fio

Esperando o som da sua voz

Nada mais no mundo todo

Faria o qualquer sentido

As piadas já não eram mais engraçadas

O paladar já não tinha mais tempero

Até meu cigarro fumava de um jeito diferente

Tudo ficou cinza, cinza e cinza.

E esperei, esperei, esperei

Que viesse colorir minha vida...

slow motion


Saudades que não vejo
E quem jamais verei
De mudanças que não vinham
De planos tortos
Do corpo de rede quente
Oh que saudades de coisas que eu não sei dizer
De rir de você contar historias doidas
De achar que tudo vai dar certo,
De escrever no caderninho da Clarice
Eu sei que acaba
Que isso passa
Que o rio corre normal e tudo funciona
Mas queria voltar uns dias atrás
Quando colocamos alianças imaginárias e ficamos felizes com nada
E de nada adianta minhas saudades?
De quantos outros já senti?
Queria poder acertar um erro
E parar de errar nos acertos
Por pelo menos uma vida
E o que é uma vida hoje em dia?
E de nada adianta se continuo com minhas noites e dias corridos de trás pra frente
Se queremos tudo e nada fazemos
Oh recobre seus sentidos!
Recomponha-se e ponha sua cabeça nos meus seios
E descanse que não queremos mal a ninguém
E ninguém há de querer nosso mal.

Long Way


Trilhos engarrafados de benzina

Coxas quentes rodopiando de lados a outros

Tudo que falamos em línguas parece poesia

O Gosto do seu suor primata!

Não há nada que eu possa te oferecer que já não foi oferecido

Chegará o inverno murcho e impessoal

E já me esquecerei do esvoaçar dos seus olhos comprimidos

Sua dissimulação ao penetrar!

Não acredite! Tudo é sempre uma gravação

A turma já se dissipou no calor dos pólos do Acre

SUA TURMA!

Eles abalaram Bangu de todos os ventos por todos os lados

Inventaram novas marchinhas de carnaval fluminense!

Viraram confetes jogados pelo ar!

Conversaram, ferveram e jogaram seus búzios

Não queira saber o quê deu...

It’s a Long Way

Só nos sobra o cotidiano juvenil que deveria ser enlouquecedor

Mas não temos drogas mais fortes!

Sobra as festinhas, cervejas em copos de plástico biodisel

Beijo a três

Sexo com meninas

Fotografias espalhadas a chão de ópio

Contos

Cantos

Ianomâmis na Floresta!

Um blábláblá de uma turma que não é minha

Mas pertenço de um jeito ou outro

E uma sensação que falta alguma coisa

Só não sei o que é

Então me aconchego em travessuras e gostosuras

O Gosto de boca me lembra morfina

E caiu em orgias imaginárias!

Deparamos-nos com gargalhadas enlouquecedoras na hora do jantar

Quem comeu? Eu comi você, ela e eles...

Falta mesmo algo?

 “Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais”
(Isso se refere à trupi de coxas duras)

Tô lendo Eu mesma... Enlouqueço em breve!

Não durmo há anos e a cada noite converso com um personagem diferente

Aproxima-se a hora do baque!

Alguém dê o sinal, por favor...

Sexo


Minha garganta emite uns sons que jamais jurei poder fazer
E juro ser sinceros
A proximidade de tua sombra arrepia-me nos braços,
Nas pernas e seios
Tudo entra em frenesi
Quando você entra.
Não saia jamais.
Arranho a cama
Mordo teu corpo
Queria comê-lo vivo
E como... Eu como.
Peço, grito imploro por mais.
Descubro que sou um animal
E ser sua animal me deixa feliz
Mesmo quando machuca meu colo
Quando me puxa pelo cabelo.
Te comeria sim..

Tentação de Eu


Um café, por favor?
Nada mais clichê, mas que se foda.
Nem de café eu gosto
Tu chegas, tu envolves, tu me matas.
Abocanha-me o calcanhar,
Morde-me o pescoço
O meu Eu
Eu te estupro, te deturpo, te roubo e te corrompo
Tu me sorri de volta
Sufocante de meu gozo
E me passa um café
Acende meus cigarros
Fala com tua voz de chiada, irrita-me
E começa com tuas unhas, teus cheiros, tuas baforadas.
Esqueço.
Tu piscas de volta
Feliz com meu gozo
Pega o que é seu
E fecha a porta ao sair pelo imundo corredor.

Cheiros de nós


Acompanhado de uma chuva tórrida
Uma mecha de luz, um cheiro de mato.
A alegria do não poder conter
E não podia
E não queria
Avistei tem corpo pálido
Estirado como defunto
Num repouso manso, que Buda abençoou.
Teu seio no balanço do seu ar
Teu corpo cheirando a mim, eu cheirando a ti,
Teu sexo
Exposto e milagroso
A nuvem densa se espalha
Você se levanta
Eu morro em mim mais uma vez.

Fabuloso mundo baixo


Um poema chulo riscado na mesa de um bar.

Que alguém me dizia que dias são apenas cálculos na nossa cabeça

Aonde mesmo que deixei meus óculos?

Quando era um menino, e ainda me sinto, mesmo com os cálculos errados.

Via mágica e achava que o que não era magia

Era irreal

E foi assim que você me apareceu

Irreal demais como contos de menino para dormir

Um copo, uma nuvem, um fio de cabelo.

A primeira vista tudo deriva a desgraça

Até os garotos que hoje escrevem na minha porta

Termino meu quente, não aceno a quem me estende a mão.

Apenas corrijo tua bondade sã,

Ponho os pés no chão.

Acabou graça


Remédio novo

Nova droga de dormir

Embalo-me em sono abalo

Em sonhos constantes

Sonhei e me pus a sonhar

E que no meio da febre, do caos, da tosse.

Encontro tu e tua amante

E sinto que nada há,

Que bicho maluco é o homem

Esqueci como era eu

No meio de tua vida e como passa

Ainda estou no balanço do trêm

Na maresia no mar

O calor da tua febre

E você?

Onde está?

Acabou a magia de Santa Tereza

Acabou sua graça e seu nariz

Despeço-me sem dó nem piedade

Nem de mim, nem de ti.

E se a gente se esbarrar pelos bares

Dessa vida que levamos igual

Te pago uma cerveja barata

Troco uma idéia contigo e vou ir embora

Antes que tudo fique mal.

Sucos Corpóreos


Aos brindes nas salas exorbitantes de desjejum patético de terceira idade de classe média operante

Sonszinhos de estalar de talheres ressurgem a mentes que outrora vagas escorregam por uma realidade cruel e desordenada e de que nada valia, mas era uma boa gostosura de tilindar e nada mais foi como antes..

Antes eram as bocas, corpos e pingos do seu corpo,

Hoje são cantigas de um passado que não me compete e de uma esperança estremecedora de carnes loucas que transcedem em uma explosão de cadeia má e bonita que se chamava abrir de olhos de uma cadeira de marfim desbotado daqui do 8º andar

Que se convergiam e se submetiam a assoalhos de merda que eram apenas uma pobre mistura de vida pós vida de caos e confusão mental e tudo se descola para uma melhor apresentação, até por que tudo se resumiu a porra de coisa nenhuma e corremos nus, livres e molhados por onde não haja manuais e cardápios e fim de uma classe dominante que nada vale, nem a porcaria da pena, nem a sua preciosa máquina de suco corpóreo que se esvaidessem em páginas que nem termino, nenhum vintém aos neo pobres de mesquinhez e vida dupla feia!
Oh como era feia!
E se disser que não vives, que tens parasitas e cabelos demais para embarcar..o trêm parte e o quê será?

Amiga Apatia


Ninguém tinha nada para me dizer

Cheguei a um estágio de apatia

Que chego a transformá-la minha amiga

Me acostumo com sua presença e chego a desconfiar

Se não a vejo chegar

Palavras infelizmente não me saciam mais

O tesão de coisas normais me confundem

Sinto que já conheço todos do mundo

E conhecendo todos posso dizer

Que todos são protótipos de algo irreal

Todos forçam a algo que querem

Sendo eu parte desse conjunto

Forço também, mas forço o quê?

Queria tanta coisa passageira

Nada constante me instiga

Mas eu não queria ter que perceber

Que ninguém parece ter nada a me dizer

Todos estão fazendo as mesmas coisas

Que eu já fiz

Ou farei um dia

Entedio-me com seus corpos marcados como gado

De vidas que não são em nada promíscuas

Com medo de gente que pode tanto quanto a gente

Hoje não tenho nada a dizer

Apenas sento na frente à vitrola (haha)

Acendo um cigarro que não fumo

E vejo como a cena é piegas demais.

Boca de larica


Não sei quem eles são ou o que fazem
Mas embarco no mesmo bonde
Bêbados são sempre os melhores amigos, e malandros os melhores amantes.
Pó de papoula
Morfina
Modernidade pelas orelhas de Nova York!
Que sucesso!
Os Folks são doidos mesmo
Mas todos têm seu charme
Música alta, palavras imaginadas e fantasias.
Assim se constroem as populações que servem!
Não me restam tantos e todos
Os vícios são comuns demais para serem vícios
E aprecio sua boca de larica
Como se fosse a minha mesmo
Parecia ópio ou fim da vida
Mas na verdade era explosão por todos os lados
E eu feliz
E eu sorria
O que mais me restava?
Q que se foda os nós da minha transa
Quero transar com todas as arestas da vida
E te peço
Apresente-me todas elas!
Falta-me só a paciência.

fuma-me


Não me resta tantos e todos

Os vícios são comuns demais para serem vícios

Cruzo as pernas

Hoje já sem meus cigarros

E observo o trânsito da perimetral

Nada havia de mais belo que seu correr em vão

Que seus sinais a ninguém

Sua mão estendida à coisa alguma

Leio meu jornal aos pulos

Cuspo chicletes aos pombos cariocas

E eles se divertem

Você desiste

Sente-se ao meu lado

E até me pede um cigarro

Acaba fumando-me ao invés dele então.

bota fé


Vou colocar
A felicidade de um plástico colorido
No meu peito
E fazer tumtum com meu corpo
E digo sim a todos os males!
Digo sim a todas as vielas de corridas malucas!

Ao balançar de cílios pregados na TV!
Vamos escorregar até o Centro e deixar correr
O último tuck-tuck da noite
E sabemos que quando o tuck-tuck acaba, acaba de começar!
Vamos fritar esse sistema burocrático de carinhas de bigode!
Viva a correnteza de chuva que nos esfrega que estamos na corrente contrária!
Nos esbaldamos em corpos gelados, achados no mundo do Rio de Janeiro!

E tudo isso por quê?

Eles não sabem de nada, e nós sabemos o que é bom!

Pira mesmo, que tudo fica mais bonito!

Vamos todos nós gerar crise do que chamamos de Vida de nos esbaldar com as caretas que ganharmos!

Pode acreditar ou não, mas vai ser tudo de bonito!

Gracias


Curtindo um bicado de nuvem chamado Vida que não me deixa sair do lugar, mas é uma delícia!
Sendo estuprado por paradigmas sociais e digo NÃO a todos eles,
Um desbunde completo dos tolos!
Gracias amigo, em nada adianta seu casaco nos dias de verão paulistano e quando eu disser, vamos nessa, não hesite em pular do pára-quedas quebrado pela Avenida Central.

Cara Limpa


Cheia do clichê barato

Estupefata e transbordando farpas de promiscuidade

O quê me custa deixar as astes se apoderarem de mim

Sim!

Uma única vez

E todos os truques que bolei

Todas as imagens que projetei

Todas as sujeiras que fiz

De cara limpa

Para ater-me a uma infame realidade

De que posso me transformar numa extinção

E percorrer aos passos tudo que representa você

E não me arrepender.

terça-feira, 2 de junho de 2009

terça-feira


Alguma coisa estava fora da minha ordem,
o trêm descarrilhou e eu?
Nem sei
Era uma terça - feira ..aquele dia cinza e pronto...talvez saudade..
Não quis perguntar muito, não queria saber muito a resposta,
Drama,
Queria estar só, eu só não tinha problemas, só os comigo mesma...
Matutei um minuto...
Não haveria respostar até a noite.
Se é que a noite querida realmente viesse...
E não vem.

Seguindo

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