'Certas burrices são indesculpáveis e é bom que haja mistérios insondáveis em nossas biografias'
domingo, 28 de junho de 2009
pernas
domingo, 21 de junho de 2009
Ensaio de todos os doidos
Comeria
Canais Noturnos
Ouço o som da cidade acordando,
As buzinas dos carros lá fora
Só vejo a luz da televisão agora
Esses canais noturnos me lembram você de maneiras diferentes,
De quanto tempo a gente não se vê,
É estanho, não estar com você.
Lembro dos encontros que não podemos ter
E essa noite de insônia queria fazer diferente
Gostei até de ficar assim
Passear pelas ruas do sofá da minha casa
Usar lentes cor-de-rosa
Ao invés das opacas,
Me aborrecer com coisas sem sentido,é sem sentido te querer
Te contar coisas,que você não faz por merecer
É POR isso que acho estranho, não estar com você...
E eu fico assim, adivinhando nosso futuro,
Escrevendo destinos de um segundo,
Os dias e noites não parecem ter razão, e os canais da noite, nos lembram mais a solidão.
Incompleto por complemento
Novo mapa doido do Rio
Ponta do pé
Burburinhos e animais espalhados
Salve Salvia!
Ficou lindo
Panorama da sua filosofia
Enquanto corria
Se me perguntarem por que o queria tanto
Apenas responderei que ele preenchia.. Todo espaço oco que cada mulher tem.
Que quando me olhava seus olhos brilhavam que às vezes nada dizíamos apenas sabíamos.
Á primeira vista era apenas uma pessoa alta, com olhos pequenos, sorrisos infantis, porém...
Quando ele abre a boca e se deixa levar pelas coisas que movem o mundo nada mais parece importante.
Pode ser que no meio do caminho passe a me questionar por que ele era tão importante na minha caminhada,
Hoje sei que é por que ele era o pedaço em mim que Adão deu a Eva, mesmo sendo ele agnóstico...
Teia
Queria tu
Estava na pilha de sair por ae
Curtir uma rua
Sei lá
Sentar em uma calçada e não ligar se meu vestido me denuncia
Tava na pilha de você
Estava sei lá o que
Queria virar minha noite despreocupada com a manhã
Acordar do teu lado
Pra receber um cafuné
Ou não fazer nada, mas fazer tudo.
Só queria sair daqui.
Tua festa
Pressão de cartolas voadoras...
Pode isso há essa noite?
Sem medo de passear com cabeças borbulhando
Passar a mão de leve na tua vibração instantânea de cor Almodóvar
Ai como eram bons aqueles contos!
Encantos enviados a todas as direções, mas a única coisa que peço.
É algo para amuar minha garganta sedenta
De um bravo vidro de nós
Segure-se nos meus cabelos
Dá no pé e explodir por todos os lados.
Dois pra lá dois pra cá
Favas
...
O tempo e a Geografia
De tempos em tempos eu passo...
Leio-te me apaixono...
Perco-me nas horas do tempo...
Mas em seus versos eu me encontro...
Meu poeta é destro...
E em seus versos me deixa viajar...
E te lendo vou me reconhecendo...
E sozinha sorrio lendo seus versos...
Há poeta que em seus versos me despe...
E aos poucos te busco nos versos incertos...
Alguma resposta pra me recompor...
Com a agulha do vento
Remendo amores esfarrapados...
Desejos infundidos...
E uma saudade que desfia lentamente...
Mas em teus versos eu me encontro...
Madrugada vazia...
Vencida pelo tempo rasgo...
Os mapas de meu destino...
E te desafio...
Será que agora perdida estarei...
Ou ainda há tempo para um único beijo proibido...
Pois em teus versos eu ainda me encontro...
Wel...
Dava-me um náusea aquela transparência de verdades lúcidas
A cada marca era um rastro mal disfarçado da desgraça da sociedade
Era como se o mundo se perguntasse
O que faremos com ele?
Era apenas uma alma mal encaminhada da sociedade
E diz que quando voltarmos seremos melhores
Esse é o retrato de um câncer que corre pelas veias dos brasileiros amaldiçoados pelo capitalismo
É a morta na vida
Em cada foto seus olhos eram de cores diferentes
Mas nota-se,
Só olhe um pouco mais
E verá que a expressão, as correntes e os cadeados sem chaves que os amarram não some.
Não muda
O jeito grotesco infantil de meia idade de se colocar em posição de desgraça
Como se esperasse a tempestade pulando na árvore
Me enjoa pessoas doentes de uma condição a que são consumidas..sendo eternas hospedeiras de um parasita social que retira todas as formas de salvação
Morro, morro, morro de nojo,
E me deparo sendo cortês só para satisfação do ego, mas em verdade.
Sinto o pânico que ele sente
Sinto as correntes, os cadeados. E vejo também a corrida desesperada pela chave, mas ela nunca abre o cadeado.
Jamais abriu...
blábláblá do amor
Não quero mais fazer amor, para não andar de mãos dadas.
Não quero mais fazer amor, pra me sentir culpada.
Embora não faça amor, sem ter amor igual ao seu.
E mesmo dizendo que não sinto nada
Amor não seria amor sem você e eu
E no meio de toda minha frieza surge você
De olhos tão abertos
Sorrisos tão singelos
Não querendo nada, mas levando tudo de mim.
E por que a vida agora me parece certa
Se você participar
Não há nada nesse mundo é mais bonito
Se você não está
Caminhos incertos não seriam iguais se não fosse uma paixão
Se te esperar não fosse tão duro,
Se me afastar não fosse suicídio
Mas as vezes as coisas são assim
Suicida é quem quer se apaixonar
Ainda bem que nossos corpos se acostumam a tudo
Me costumo com não te ver
Se tua voz não me acalmar
Caixa de lápis de cor
Já não me importava com nada
Tudo estava bem, bom e ok.
Estava transbordando
Me esbaldando de você
Por todos os lados
E era uma paz devastadora
Que me ariçava os pêlos da nuca
Fazia-me rir à toa
Me deixava livre
Mesmo se eu não quisesse voar
Suspirava tardes sem fio
Esperando o som da sua voz
Nada mais no mundo todo
Faria o qualquer sentido
As piadas já não eram mais engraçadas
O paladar já não tinha mais tempero
Até meu cigarro fumava de um jeito diferente
Tudo ficou cinza, cinza e cinza.
E esperei, esperei, esperei
Que viesse colorir minha vida...
slow motion
Long Way
Trilhos engarrafados de benzina
Coxas quentes rodopiando de lados a outros
Tudo que falamos em línguas parece poesia
O Gosto do seu suor primata!
Não há nada que eu possa te oferecer que já não foi oferecido
Chegará o inverno murcho e impessoal
E já me esquecerei do esvoaçar dos seus olhos comprimidos
Sua dissimulação ao penetrar!
Não acredite! Tudo é sempre uma gravação
A turma já se dissipou no calor dos pólos do Acre
SUA TURMA!
Eles abalaram Bangu de todos os ventos por todos os lados
Inventaram novas marchinhas de carnaval fluminense!
Viraram confetes jogados pelo ar!
Conversaram, ferveram e jogaram seus búzios
Não queira saber o quê deu...
It’s a Long Way
Só nos sobra o cotidiano juvenil que deveria ser enlouquecedor
Mas não temos drogas mais fortes!
Sobra as festinhas, cervejas em copos de plástico biodisel
Beijo a três
Sexo com meninas
Fotografias espalhadas a chão de ópio
Contos
Cantos
Ianomâmis na Floresta!
Um blábláblá de uma turma que não é minha
Mas pertenço de um jeito ou outro
E uma sensação que falta alguma coisa
Só não sei o que é
Então me aconchego em travessuras e gostosuras
O Gosto de boca me lembra morfina
E caiu em orgias imaginárias!
Deparamos-nos com gargalhadas enlouquecedoras na hora do jantar
Quem comeu? Eu comi você, ela e eles...
Falta mesmo algo?
“Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais”
(Isso se refere à trupi de coxas duras)
Tô lendo Eu mesma... Enlouqueço em breve!
Não durmo há anos e a cada noite converso com um personagem diferente
Aproxima-se a hora do baque!
Alguém dê o sinal, por favor...
Sexo
Minha garganta emite uns sons que jamais jurei poder fazer
Tentação de Eu
Cheiros de nós
Fabuloso mundo baixo
Um poema chulo riscado na mesa de um bar.
Que alguém me dizia que dias são apenas cálculos na nossa cabeça
Aonde mesmo que deixei meus óculos?
Quando era um menino, e ainda me sinto, mesmo com os cálculos errados.
Via mágica e achava que o que não era magia
Era irreal
E foi assim que você me apareceu
Irreal demais como contos de menino para dormir
Um copo, uma nuvem, um fio de cabelo.
A primeira vista tudo deriva a desgraça
Até os garotos que hoje escrevem na minha porta
Termino meu quente, não aceno a quem me estende a mão.
Apenas corrijo tua bondade sã,
Ponho os pés no chão.
Acabou graça
Remédio novo
Nova droga de dormir
Embalo-me em sono abalo
Em sonhos constantes
Sonhei e me pus a sonhar
E que no meio da febre, do caos, da tosse.
Encontro tu e tua amante
E sinto que nada há,
Que bicho maluco é o homem
Esqueci como era eu
No meio de tua vida e como passa
Ainda estou no balanço do trêm
Na maresia no mar
O calor da tua febre
E você?
Onde está?
Acabou a magia de Santa Tereza
Acabou sua graça e seu nariz
Despeço-me sem dó nem piedade
Nem de mim, nem de ti.
E se a gente se esbarrar pelos bares
Dessa vida que levamos igual
Te pago uma cerveja barata
Troco uma idéia contigo e vou ir embora
Antes que tudo fique mal.
Sucos Corpóreos
Aos brindes nas salas exorbitantes de desjejum patético de terceira idade de classe média operante
Sonszinhos de estalar de talheres ressurgem a mentes que outrora vagas escorregam por uma realidade cruel e desordenada e de que nada valia, mas era uma boa gostosura de tilindar e nada mais foi como antes..
Antes eram as bocas, corpos e pingos do seu corpo,
Hoje são cantigas de um passado que não me compete e de uma esperança estremecedora de carnes loucas que transcedem em uma explosão de cadeia má e bonita que se chamava abrir de olhos de uma cadeira de marfim desbotado daqui do 8º andar
Que se convergiam e se submetiam a assoalhos de merda que eram apenas uma pobre mistura de vida pós vida de caos e confusão mental e tudo se descola para uma melhor apresentação, até por que tudo se resumiu a porra de coisa nenhuma e corremos nus, livres e molhados por onde não haja manuais e cardápios e fim de uma classe dominante que nada vale, nem a porcaria da pena, nem a sua preciosa máquina de suco corpóreo que se esvaidessem em páginas que nem termino, nenhum vintém aos neo pobres de mesquinhez e vida dupla feia!
Oh como era feia!
E se disser que não vives, que tens parasitas e cabelos demais para embarcar..o trêm parte e o quê será?
Amiga Apatia
Ninguém tinha nada para me dizer
Cheguei a um estágio de apatia
Que chego a transformá-la minha amiga
Me acostumo com sua presença e chego a desconfiar
Se não a vejo chegar
Palavras infelizmente não me saciam mais
O tesão de coisas normais me confundem
Sinto que já conheço todos do mundo
E conhecendo todos posso dizer
Que todos são protótipos de algo irreal
Todos forçam a algo que querem
Sendo eu parte desse conjunto
Forço também, mas forço o quê?
Queria tanta coisa passageira
Nada constante me instiga
Mas eu não queria ter que perceber
Que ninguém parece ter nada a me dizer
Todos estão fazendo as mesmas coisas
Que eu já fiz
Ou farei um dia
Entedio-me com seus corpos marcados como gado
De vidas que não são em nada promíscuas
Com medo de gente que pode tanto quanto a gente
Hoje não tenho nada a dizer
Apenas sento na frente à vitrola (haha)
Acendo um cigarro que não fumo
E vejo como a cena é piegas demais.
Boca de larica
fuma-me
Não me resta tantos e todos
Os vícios são comuns demais para serem vícios
Cruzo as pernas
Hoje já sem meus cigarros
E observo o trânsito da perimetral
Nada havia de mais belo que seu correr em vão
Que seus sinais a ninguém
Sua mão estendida à coisa alguma
Leio meu jornal aos pulos
Cuspo chicletes aos pombos cariocas
E eles se divertem
Você desiste
Sente-se ao meu lado
E até me pede um cigarro
Acaba fumando-me ao invés dele então.
bota fé
Vou colocar
A felicidade de um plástico colorido
No meu peito
E fazer tumtum com meu corpo
E digo sim a todos os males!
Digo sim a todas as vielas de corridas malucas!
Ao balançar de cílios pregados na TV!
Vamos escorregar até o Centro e deixar correr
O último tuck-tuck da noite
E sabemos que quando o tuck-tuck acaba, acaba de começar!
Vamos fritar esse sistema burocrático de carinhas de bigode!
Viva a correnteza de chuva que nos esfrega que estamos na corrente contrária!
Nos esbaldamos em corpos gelados, achados no mundo do Rio de Janeiro!
E tudo isso por quê?
Eles não sabem de nada, e nós sabemos o que é bom!
Pira mesmo, que tudo fica mais bonito!
Vamos todos nós gerar crise do que chamamos de Vida de nos esbaldar com as caretas que ganharmos!
Pode acreditar ou não, mas vai ser tudo de bonito!Gracias
Curtindo um bicado de nuvem chamado Vida que não me deixa sair do lugar, mas é uma delícia!
Sendo estuprado por paradigmas sociais e digo NÃO a todos eles,
Um desbunde completo dos tolos!
Gracias amigo, em nada adianta seu casaco nos dias de verão paulistano e quando eu disser, vamos nessa, não hesite em pular do pára-quedas quebrado pela Avenida Central.
Cara Limpa
Cheia do clichê barato
Estupefata e transbordando farpas de promiscuidade
O quê me custa deixar as astes se apoderarem de mim
Sim!
Uma única vez
E todos os truques que bolei
Todas as imagens que projetei
Todas as sujeiras que fiz
De cara limpa
Para ater-me a uma infame realidade
De que posso me transformar numa extinção
E percorrer aos passos tudo que representa você
E não me arrepender.
terça-feira, 2 de junho de 2009
terça-feira
Alguma coisa estava fora da minha ordem,
o trêm descarrilhou e eu?
Nem sei
Era uma terça - feira ..aquele dia cinza e pronto...talvez saudade..
Não quis perguntar muito, não queria saber muito a resposta,
Drama,
Queria estar só, eu só não tinha problemas, só os comigo mesma...
Matutei um minuto...
Não haveria respostar até a noite.
Se é que a noite querida realmente viesse...
E não vem.