terça-feira, 31 de agosto de 2010

Para PVDQ?


Termómetro explodido alojado no estomago do menino de rua
quente como o inferno
repiques de anuncios do melhor eixo
corre que ele te liga
e diz que vai mudar sua vida
(vai nada!)
diafragma de Boom de uma chamada sociedade
nada sociavel
avalanche de informacoes jogados das janelas da rio branco
corrida de abutres atras de lixo!
rompe tao quente e catastrofico quanto uma bala
que se abriga parasitamente na procisão
Deixa que ele não sabe oq faz!
cachaça rodopiou e o escolhido foi voce!
Tem elefante! tem mulher barbada, tem palhaço sem calça
nesse circo de população!
Vai cair dentro?
ou nao?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Ela precsava que lhe dessem a mão
para que não sentisse o oco do infinito
era guiada a todas as direçoes
pois se não se sabe onde vai
o caminho não importa muito
p
l
a
g
i
o
talvez, tenhamos tido as mesmas certezas
cada uma em sua epoca..

Muda


Queria que a saudade não falasse tanto
que não fosse tão muda
E quando se mais precisa de palavras
elas dissipam fumaça
porta afora
Mas eu preciso ficar
mesmo se você decidir ir..

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

05/01/05 Mediano

O que nos faz pensar que vivemos para nós mesmos
Estavamos alí
Vagando pelas ruas sem nome
Acreditamos em nossas mentiras
Mas quem poderiam desmenti-las?
Se estou morta a dias, não se poderia me enxergar
Quem o convenceu que dependemos de suas palavas?
Vivemos a tempos como se ela não estivesse lá
Todos parados, como seu coração
Aprendemos a ser ignorados
Nunca sabiamos quem iria nos segurar se caissimos
Acaso estou sendo dramática?
Talvez seja melhor mesmo você não vê
Não vê que estou lá somente com o corpo
Detesto pensar que sou um número
Detesto pensar que sou uma incognita
Detestamos, somos cúmplices silenciosos
O qu eu não daria para um pouco de ar
Não tendo nada a dar
Estou sendo egoísta?
Desculpe, apenas me acostumei com sua ausência
Aonde está aquela perfeição de quando não entendia o mundo
No que nos transformamos?
Acabamos por ser um romance barato e cafona .. euq ue já vi tantos deles
São só meus medos de crianças
Querer tanto..

01/01/05 O começo

Não quero ouvir música
Nem quero ler
Tampouco escrever
Quero contar por quanto tempo fico assim
Gravando emminha memórias as rasuras do teto
Não quero me apaixonar
Tampouco me levantar
Também não quero parar de sonhar
Quero esse dia como qualquer outro já vivido
Não quero ter que lamentar pelos erros cometidos
Não quero ter que me justificar pelos erros
Repetitivos
Só quero ficar aqui,
Fingindo que nada é comigo
Não quero me lembrar que o dia começa daqui pra frente
Hoje vou levar meu corpo pra descançar
De tudo isso que me deixa doente.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Fotografia Dramática


"E o beijo cortante daquela menina
Tranformou-me numa fotografia dramática

És uma flor,
Eu sei
És uma flor dolorida

E quem não tem motivos pra sorrir
E quem não tem motivos pra chorar
E quem não tem motivos para ser assim, assim."


Não é meu e nem pra mim, mas achei muito digno =]

*Bettie Page

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Três

Tua voz fala
mas você não precisa dizer
Descalça os sapatos e até digo que gosta
De pisar nos cacos
De
Va
Gar

Essa ampulheta virada que corresponde sua vida
Desce, fina e bem demorada
Para que se saboreie cada instante
E não se faça despedida

Mas de tanto calejo agora
Já sabe achar o Sol
No meio do breu

Embora não se ouça
O quê às vezes se quer
Me parece tão certo
Quanto sinto teu olhar
Atravessando o aposento
Em minha direção à
Con
Cor
Dar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Transeunte

Lascas do Inimigo Interior
Soltam Calado o Trago
Alter Ego Falado
Caminho Rasgado
Do Ser Encantado
Que Te Supri
Corrompe, Condena
Beija, Bate, Assopra, Pensa
De um louco desejo ardente
Do presságio passageiro
Vindo de lá
De onde não compreendo.
E Suplico e vos pergunto:
Será que estamos bem?
Nem sempre o Transeunte carrega
Flores do próprio velório.

E... para.
A morte te compõe
O início da virada da tua bolha explodida de vida
Revirando tua nascente morna
Cuspindo a óleo sémem
Envolto na coreografia humana
Pesada
Tua vida foi isso
Uma alta repetição
Do que seus pais diziam retrô.


Coisas que você esperava dos filmes dos anos noventa.

Eu estou a cem anos por hora
E uma moça, num bar
Que me pede um cigarro
E eu lhe dou dois cigarros
A porra do garçom
Nunca traz minha dose de uísque.


Por Gustavo, Rafael e eu.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O quê

Mas penso que mesmo assim fico bem
Pelo sim ou pelo não
Tem que se ficar bem
Mesmo que não se sinta
Ou até mesmo não se transpareça
Tem que se aquecer o frio que se dá
E torcer para o Sol
Uma manhã apenas
Não se pode abaixar
Não importa muito o quê aconteça
Não se desespera
Nem se externa
O que quer que lhe façam
Que se faça
e Vá!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

eu, sertão


Aonde não se tinha previsão de terra-seca
Um fiapo de Sol se fez plantado e regado a vento
E onde todas as amarguras teve morada
Onde erva daninhoa batia
E não ficava
Toda a noite ponderava a varrer suas horas
Mas o dia se esticava num manto grosso
Que nunca alcançava a seca
E o nome que se dá ao tormento
De quem passa
Aquela gota de chuva tão pedida
Se for tão pouco
Nunca conseguirá lavrar
Tempos de Tempos
De Sol aflito
E de temor casto
O céu foi testemunha como era ser deserto
Em meio a escuridão molhada
E entender que não é a vida que te castiga
E sim a caminhada.

Due Eto

'Segundos. Não hora. Não é gradação,juro. São só sabores Feito os de amora'


Por Rafael Pereira'

(...) onde cada segundo faz-se etéreo.
implícito, no descaminhar das horas.

Deleitava-se
Como mergulhar-se em um tonel de estrelas.

Medindo

Juntando

Amargando '

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

?

Que bicho te mordeu, moço?
Com tua alma machucada
Teu pelejo pendente
Tua aurea
Tão abstrata
Picotada em tua barba
Quem te cortou?
Teus olhos fundos vermelhos
Chorando fumaça verde
E talvez
Talvez você entenda
Está longe demais
Três passos a tua direita saudável
Perdida no meio da reta
Quem te perturbou?
Sentado assim, polido
Cruzado
Triste, Triste destino
Algo que quer provar?
Mas não vale a pena?
Eu queria te levar
Mas agora eu vejo
Redomas não quebram
Areias não se juntam
Por sí
Te maldizeram muito?
E valeu a pena?
Valeu?

Illinois

Ele me pegou num bar sujo em Illinois,
Ele falava de revolução e desordem
Agarrados a mesa de um bar
Um homem pediu dinheiro
Ele nunca dá
Talvez ele também não acredita em gorjetas
Mudamos de assunto tantas vezes
Nem sei agora sobre o quê falavamos
Ele me parecia certo
Mas meu corpo só queria fugir dalí
Era quente demais
Suas tatuagens de prisão
Talvez ele tenha passado um tempo por lá
Ele era filho dos anos sessenta
Eu, a ressaca dos anos setenta
Meu Deus! faça ele parar
Masturbação coletiva
Filho de Trevas sedutores
Adentre mais!
O quê?
Agora?
Ele me arremessou a um motel com baratas vivas
As cores verdes ressaltaram sua sombra laranja
Eu ponderei, mas me mantive
Ele estava a todo lugar
Dentro, dentro demais
Forte, forte demais
A cerveja quente
Cigarro amargo e erva forte
Teu punho atravessado a minha nuca
Eu ouvi um grito - o meu?
Eu tentei respirar
Meu perfume em sua pele
Estica meu cérebro
A sensação é boa
Você está no clímax?
Ahhgora não..

Soltas

Eu não só acredito em juras de amor
Pois eu mesma já jurei
E menti demais.
Mas já amei
Mas não devo amar mais.

Não ser

Essa não é mais uma poesia
Não é apenas poesia de bar
Não é nada demais
É algo que você já deve ter sentido
Ou visto
Eu já vi,
Já te vi
Se eu encarnasse em outra coisa
Mais colorida
Mais viva
Minha cor combinaria mais com você
E você saberia
Toda a minha vida
Todas as minhas certezas
Arduamente conseguidas
Se desmancharam
Eu me desmanchei
Dentro de você
Você nasceu a tanto tempo
Com sua voz de pôr-do-sol
Mas pra mim sua existência tem menos que alguns dias
E como pode ser ?
Se não ser..

domingo, 8 de agosto de 2010

Por Getúlio Ribeiro

Vermillus=Vermelho.

Ipsis litteris é uma expressão que vêm do Latim que significa "pelas mesmas letras", "literalmente".
É utilizado para indicar que um texto foi transcrito fielmente ao original. Pode-se também utilizar uma expressão de mesmo significado, ipsis verbis, que quer dizer "pelas mesmas palavras", "textualmente".
Em tese é cópia literal de um texto.

Esse texto = Hanny Saraiva me ensinando um pouco de latim.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

http://projetoescuridao.blogspot.com

Impaciente, se concentrou no ponto máximo do seu corpo.
O calor, escorria pelos seus poros no quarto sem ventilação
Se agarrava ao beiral como se dele dependesse a eternidade
E se sentiu assim, um pouco mais animal que habitual
Aos poucos, junto com sua respiração fez-se necessário os sentidos
Ouvia o rapaz ofegante recobrar o fôlego,
Sentia sua pele latejando
O gosto salgado do seu corpo temperando a língua
O cheiro ocre de carne humana..
Mas o que não voltou rapidamente foi sua visão
Misturada a vertigem e a cor de nada preto sombreado
Como se a caixa de Pandora fosse finalmente aberta
Se sentiu deslocar em vitrais de futuro tão passado
E não pode afirmar se alguma vez viu cores e cor de Sol
Ou sequer uma estrela
Tudo era tão naturalmente cor de escuridão
Que pestanejou agitada a mente obscura se alguma vez de fato
Viu luz
O declínio fatídico de todas as coisas
Junto com ela lhe foram tomadas
O rapaz sexuadamente satisfeito a seu lado sumira
O gosto de sexo levado com ele
O cheiro animal suado foi junto a brisa que não passou
Seu corpo tão bem conhecido e projetado se embalou em dormência
Sem sentido algum
Acompanhando a ausência de cores primárias
Sentiu-se em pé
A varanda da janela
Nada via, mas não se desesperou
No fundo dos seus sonhos sempre soube
Que a luz lhe trairia levando seus sentidos consigo
E que a escuridão por fim lhe engoliria.

Boca de algodão

Ela tão pequena,
Tantas palavras
Tantos livros
Vidros enclinados na sua borda
No seu Nariz
Sua origem de histórias perdidas
Sua infância toda que eu sonhei estar
E estive
tive

Já não se pode confiar
Tua boca de algodão macio
Que despeja chumbo
E mesmo assim
Eu te levo a todo lugar
Mesmo que você não vá.

Seguindo

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