terça-feira, 10 de agosto de 2010

eu, sertão


Aonde não se tinha previsão de terra-seca
Um fiapo de Sol se fez plantado e regado a vento
E onde todas as amarguras teve morada
Onde erva daninhoa batia
E não ficava
Toda a noite ponderava a varrer suas horas
Mas o dia se esticava num manto grosso
Que nunca alcançava a seca
E o nome que se dá ao tormento
De quem passa
Aquela gota de chuva tão pedida
Se for tão pouco
Nunca conseguirá lavrar
Tempos de Tempos
De Sol aflito
E de temor casto
O céu foi testemunha como era ser deserto
Em meio a escuridão molhada
E entender que não é a vida que te castiga
E sim a caminhada.

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