domingo, 28 de março de 2010


Era disparidade
Tudo doía
Doía de tanto rir
Era arremessados por todos os lados
Era adrenalina
Tive vontade de ir
O suor me escorria a face
Me lambia a pele
E eu só sorria
O som era alucinante,
Eu gritava, mais que o microfone
Não me ouvia,
Não me via
Eu O via
A língua
o Sal suor
A boca
O beijo infinito que dura uma música,
só! só? só, e só.
Eu ia,
Mas nunca ia

quinta-feira, 25 de março de 2010

Véns


O texto pareceu um borrão distante
Algo me impediu de ler
Será que era eu?
Eu não conseguia entender a matemática natural que paivou pela minha cabeça
Tú véns..
Tudo que eu ousava temer.
Lembro das vezes que te vi passeando pelo Rio-Centro
E nunca graças, a minha graça não era você
Agora era,
Meu prazo de lambidas ao fim,
A empulheta rodopiou com as borboletas do meu estômago
Que lugar escolheria
Que luta abraçaria
Me abraçaria?
Um misto de pânico, ausência e nada,..
Afinal me animo..será bom te ver.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eu e meu monstro


Ela falava, eu mal ouvia, por quê devia, afinal?
Era uma sirene na minha mente, e mentem
As falcatruas do esquema juvenil
Ela se enrosca no teu pensamento
Coberta por sorrisos altos
Provocados pela maconha mal fumada
Pela vida mal vivida
Pela desgraça mal aparada do jardim de sua casa
Empalideço,
Sua existência que outrora essencial a minha
Se torna um fardo demasiadamente pesado,
Que eu não quero, mas carrego,
A troco de quem?
A esmola de quem?
Não me vingo dos teus atos maldados,
Apenas espero a Roda-Gigante voltar para me apanhar da nuvem de turbulências que você deixou
No meu próprio Parque Novo de Diversões
Chego a acreditar que você é irreal
Maslembro que teu monstro que me rouba o estômago
Quem criou foi eu
A cada palavra
A cada cédula
A cada gesto e
A cada fumaça
Eu e teu monstro
Tu e meu pesadelo
Hão de queimar na mesma brasa fina do meu cigarro apagado que insito
Deveras que
Carregar na boca pálida
Da tua roda
De cor de azeviches
E já não quero mais entrar.

Respire!


Teu olhar a fundo abrindo meu apetite
Não há fala
Não há pensamento
Tu cruzas decidido o cômodo cor-de-púrpura
Essa cena se repeti em todos os ângulos e fotografias
O momento que precedi sua chegada
Meu cérebro gritando agitado:
- Respire!-
Teu hálito se enroscando em minha mente
Sem convite
Sem licença
Deixo entrar,
Se ajeitar
Se movimentar
Aquela sua familiar grosseria
Agonia minhas coxas
Me pressiona a garganta
Sufoca meu beijo
Me beija
Todo o resto vira cinza
Vira bobagens
O céu derruba fogo desastradamente
Não olho, não vejo
Apenas..peço
Não vá.

Seguindo

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