quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Velhice

Muito me atrai a ideia de enrugar..
Gosto de me imaginar a minha velhice, meu cansaço, meus ossos.. me imagino muito assim, velhinha.
Acho que a velhice é algo conquistado, ninguém ao acaso, sem passar por riscos, perdas e ganhos chega na velhice ou até mesmo na maturidade, isso é um degrau, um tijolo que vamos ganhando ao longo dos dias.
Uma ruga ali, algo murcho ali, isso não me assusta, até por que gosto de me sentir humana e nada mais humano que aquela perda de vaidade.. que só quem tem são os que já entenderam que o tempo realmente, só vai..
Mas se nessa historia tem algo que não me atrai..
Não me interessa..
Não me anima..
E a perda da amabilidade, do afeto, da paciência e por que não do amor?
Não sei, não tenho ainda tijolos suficientes, mas me parece que ou a vida castiga muito a gente ou a gente carrega os tijolos da velhice que não são nossos e vamos amargando com eles a medida que os fardos vão pesando, pesando e pesando..
Esse é, depois da morte, o meu maior medo.
Conquistar minha velhice com aquele mau amor (humor), aquele desagrado que vejo, de parece que a cada dia não e uma vitoria ou um tijolo, e sim e mais um fardo.. Isso que não quero.
Me vejo assim, velhinha, sorridente e gordinha, fumando um cigarrinho na varanda ( E por que não? ) me balançando contente.. por viver e ter vivido e pra mim, não ha nada no mundo que seja é mais gostoso que viver.
:)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Loucos e Santos

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.




Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tulipa

Querida Web: Achei essa tal de Tulipa Ruiz..

"Doar sangrar trocar chamar pedir mostrar mentir falar justificar no cais chorando não sou eu quem vai ficar dizendo adeus batucada macaco no seu galho da roseira em flor da laranjeira amor é choradeira horror a vida inteira à beira da loucura e a dor e a dor e a dor e a dor…"


Estava com saudades de bons achados no nosso cenário musical, gosto também por que ela tem aparência feia e nada comum naquelas mulheres silhuetas finas e cara de sinhá-moça.
é igual aquela frase : " Se qualquer um pode amar, por que alguns não podem dizer?"

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Simples

Mulheres..

As vezes nossa falta de resposta no que a gente idealiza nos cega do  obvio, do bonito e do simples..
Somos, mesmo quando crianças mais teatrais.. mais afetadas e enfeitadas.
Nos enfeitamos tanto que acho que passamos a acreditar que nossa vida sempre vai ser assim: Complicada, imprevisível e magica e que o futuro que nos reserva e algo Hollywoodiano, mas as vezes e só uma caminhada, silêncios confortáveis e por que não obvio, o clichê, afinal.. isso tudo para mim significa ser humano..Sem enfeites, sem jogos, sem peripécias.. só nos mesmas.

Seguindo

Visualizações de página