segunda-feira, 30 de julho de 2012

Fernanda Young


Se voce me odeia,
Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro. É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.

Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim. Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.

Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.

E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos. Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que “negativo” significa o melhor resultado possível.

Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.

Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:

Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.

Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.

Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.

Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.

Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna ‘Fernanda’

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Possibilidades impossíveis


Mesmo sentada pude ver tudo
De um tudo sobre nós dois.
Me vi falando que não era possível deitar com você
E traindo o que acabava de dizer
Não te vi entrar, nem sair.
Estamos confortáveis de pé, permitindo que nossos corpos embora vestidos,
Se permitissem ao menos se tocar um pouco.
Eu pude notar que você tremia
Um conflito daqueles mudos
Que só o corpo tem o direito de dizer
Afagou meu emaranhado cabelo apenas para ter uma desculpa e descobrir o meu seio
Te deixo fazer de mim um parque
Te deixo mandar em mim o que sentir, e te sinto
Não há culpa, não há remorso, só nós aqui.
Meus braços procuraram seu torso, sua pele clara e agora quente,
Eu pulso me arregalo e te fito, como é bonito parar e te olhar!
Só não te beijo, não posso, não devo,
Me deixa ir, preciso ir,
Eu nem saiu do lugar.
Meu corpo já não me responde, já não quer ir, ele encontrou o que procurava,
E agora como uma armadilha, ele quer ficar,
Você também não se afasta,
Pensou nisso também, quer isso também, me quer também,
Não era por isso que te pegava de cara em mim?
Eu me sufoco de vontade de te conhecer por completo, mas dessa vez meu corpo entende que devemos ir.
Que devemos esquecer tudo e procurar a felicidade aqui na terra...
Alguém me chama, pergunta se pode encher meu copo,
Lembro que estou sentada ainda, de aliança ainda e você apenas alguns metros.              
Me olha como se soubesse o que penso
E nesse caso só o pensar é suficiente para nós.
Por enquanto
Por hora
E agora.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Temos um acordo?

Um amigo do trabalho que gosta de coisas obscuras se deparou com essa série e me mostrou, mesmo pegando a coisa pelo meio, comecei a ver e fiquei presa, presa de verdade, não sosseguei enquanto não terminei os episódios. Li no relato que é uma websérie de apenas esses dez episódios, e inevitavelmente eu fiquei me imaginando nessa posição de ter os desejos atendidos com acordos um tanto quanto curiosos.
Enfim, vale a pena dá uma olhada.
 http://medob.blogspot.com.br/2012/06/booth-at-end.html

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