Mesmo sentada pude ver tudo
De um tudo sobre nós dois.
Me vi falando que não era possível deitar com você
E traindo o que acabava de dizer
Não te vi entrar, nem sair.
Estamos confortáveis de pé, permitindo que nossos corpos
embora vestidos,
Se permitissem ao menos se tocar um pouco.
Eu pude notar que você tremia
Um conflito daqueles mudos
Que só o corpo tem o direito de dizer
Afagou meu emaranhado cabelo apenas para ter uma desculpa e
descobrir o meu seio
Te deixo fazer de mim um parque
Te deixo mandar em mim o que sentir, e te sinto
Não há culpa, não há remorso, só nós aqui.
Meus braços procuraram seu torso, sua pele clara e agora
quente,
Eu pulso me arregalo e te fito, como é bonito parar e te
olhar!
Só não te beijo, não posso, não devo,
Me deixa ir, preciso ir,
Eu nem saiu do lugar.
Meu corpo já não me responde, já não quer ir, ele encontrou
o que procurava,
E agora como uma armadilha, ele quer ficar,
Você também não se afasta,
Pensou nisso também, quer isso também, me quer também,
Não era por isso que te pegava de cara em mim?
Eu me sufoco de vontade de te conhecer por completo, mas
dessa vez meu corpo entende que devemos ir.
Que devemos esquecer tudo e procurar a felicidade aqui na
terra...
Alguém me chama, pergunta se pode encher meu copo,
Lembro que estou sentada
ainda, de aliança ainda e você apenas alguns metros.
Me olha como se soubesse o que penso
E nesse caso só o pensar é suficiente para nós.
Por enquanto
Por hora
E agora.
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