
Um café, por favor?
Nada mais clichê, mas que se foda.
Nem de café eu gosto
Tu chegas, tu envolves, tu me matas.
Abocanha-me o calcanhar,
Morde-me o pescoço
O meu Eu
Eu te estupro, te deturpo, te roubo e te corrompo
Tu me sorri de volta
Sufocante de meu gozo
E me passa um café
Acende meus cigarros
Fala com tua voz de chiada, irrita-me
E começa com tuas unhas, teus cheiros, tuas baforadas.
Esqueço.
Tu piscas de volta
Feliz com meu gozo
Pega o que é seu
E fecha a porta ao sair pelo imundo corredor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Palpite: