
É decretado o fim
'Certas burrices são indesculpáveis e é bom que haja mistérios insondáveis em nossas biografias'
São tantas coisas sem começo
Igual a nós
Não podemos ter nosso começo
Começou assim, sem pé nem cabeça
E relato hoje a falta que me faz
Estava em Maria da Graça e me lembrei que aqui vc residia
Imagine no caminho para casa exatamente aonde
Mas pensamentos em vão
Hoje em particular senti falta da sua nobreza e da sua cretinisse
Sempre tão juntas,
Sempre tão dispersas
Senti falta das suas mãos trêmulas quando segurava a minha no caminho até em casa
E que sempre chovia quando iamos fazer algo
E hoje chove, e nada fazemos
Tem tanto tempo, mas ao mesmo tempo
Não faz tempos algum
Sinto falta do seu sorriso largo e abençoado
E de você me ligar as 5 da manhã pq simplesmente lembrou uma música que gosta
Sinto falta das coisas simples
Pois lembro que era simples tudo que faziamos
Não queria sentir, mas sinto
Coisas que são maiores que eu
Você sempre foi, és o vinil
Vinil esse que me gira e sempre me faz parar no teu ponto exato
Na sua música, até um pouco arranhada
Sinto falta até das suas repressões
E descubro mais uma vez que minhas faltas duram algum curto tempo
Nunca mais me apaixonei,
Nunca mais me deixei conquistar
Pelo menos não para mim mesma
E nada vai mudar isso
Mas não me deixo mudar
Não há mais nada,
Deixa estar..
Como vou te encontrar?
Se só te vi passar
Arranhando o chão...
Ainda tenho muito o que te mostrar
Se uma noite não diz nada
Se joga no movimento
Veja meu quadril descançar
Chegou devagar, sossegado
Não me deixe esperar
Aii não me faz assim..
Posso até gostar.
Ouço o som da cidade acordando,
As buzinas dos carros lá fora
Só vejo a luz da televisão agora
Esses canais noturnos me lembram você de maneiras diferentes,
De quanto tempo a gente não se vê,
É estanho, não estar com você.
Lembro dos encontros que não podemos ter
E essa noite de insônia queria fazer diferente
Gostei até de ficar assim
Passear pelas ruas do sofá da minha casa
Usar lentes cor-de-rosa
Ao invés das opacas,
Me aborrecer com coisas sem sentido,é sem sentido te querer
Te contar coisas,que você não faz por merecer
É POR isso que acho estranho, não estar com você...
E eu fico assim, adivinhando nosso futuro,
Escrevendo destinos de um segundo,
Os dias e noites não parecem ter razão, e os canais da noite, nos lembram mais a solidão.
Se me perguntarem por que o queria tanto
Apenas responderei que ele preenchia.. Todo espaço oco que cada mulher tem.
Que quando me olhava seus olhos brilhavam que às vezes nada dizíamos apenas sabíamos.
Á primeira vista era apenas uma pessoa alta, com olhos pequenos, sorrisos infantis, porém...
Quando ele abre a boca e se deixa levar pelas coisas que movem o mundo nada mais parece importante.
Pode ser que no meio do caminho passe a me questionar por que ele era tão importante na minha caminhada,
Hoje sei que é por que ele era o pedaço em mim que Adão deu a Eva, mesmo sendo ele agnóstico...
Estava na pilha de sair por ae
Curtir uma rua
Sei lá
Sentar em uma calçada e não ligar se meu vestido me denuncia
Tava na pilha de você
Estava sei lá o que
Queria virar minha noite despreocupada com a manhã
Acordar do teu lado
Pra receber um cafuné
Ou não fazer nada, mas fazer tudo.
Só queria sair daqui.
Pressão de cartolas voadoras...
Pode isso há essa noite?
Sem medo de passear com cabeças borbulhando
Passar a mão de leve na tua vibração instantânea de cor Almodóvar
Ai como eram bons aqueles contos!
Encantos enviados a todas as direções, mas a única coisa que peço.
É algo para amuar minha garganta sedenta
De um bravo vidro de nós
Segure-se nos meus cabelos
Dá no pé e explodir por todos os lados.
De tempos em tempos eu passo...
Leio-te me apaixono...
Perco-me nas horas do tempo...
Mas em seus versos eu me encontro...
Meu poeta é destro...
E em seus versos me deixa viajar...
E te lendo vou me reconhecendo...
E sozinha sorrio lendo seus versos...
Há poeta que em seus versos me despe...
E aos poucos te busco nos versos incertos...
Alguma resposta pra me recompor...
Com a agulha do vento
Remendo amores esfarrapados...
Desejos infundidos...
E uma saudade que desfia lentamente...
Mas em teus versos eu me encontro...
Madrugada vazia...
Vencida pelo tempo rasgo...
Os mapas de meu destino...
E te desafio...
Será que agora perdida estarei...
Ou ainda há tempo para um único beijo proibido...
Pois em teus versos eu ainda me encontro...
Dava-me um náusea aquela transparência de verdades lúcidas
A cada marca era um rastro mal disfarçado da desgraça da sociedade
Era como se o mundo se perguntasse
O que faremos com ele?
Era apenas uma alma mal encaminhada da sociedade
E diz que quando voltarmos seremos melhores
Esse é o retrato de um câncer que corre pelas veias dos brasileiros amaldiçoados pelo capitalismo
É a morta na vida
Em cada foto seus olhos eram de cores diferentes
Mas nota-se,
Só olhe um pouco mais
E verá que a expressão, as correntes e os cadeados sem chaves que os amarram não some.
Não muda
O jeito grotesco infantil de meia idade de se colocar em posição de desgraça
Como se esperasse a tempestade pulando na árvore
Me enjoa pessoas doentes de uma condição a que são consumidas..sendo eternas hospedeiras de um parasita social que retira todas as formas de salvação
Morro, morro, morro de nojo,
E me deparo sendo cortês só para satisfação do ego, mas em verdade.
Sinto o pânico que ele sente
Sinto as correntes, os cadeados. E vejo também a corrida desesperada pela chave, mas ela nunca abre o cadeado.
Jamais abriu...
Não quero mais fazer amor, para não andar de mãos dadas.
Não quero mais fazer amor, pra me sentir culpada.
Embora não faça amor, sem ter amor igual ao seu.
E mesmo dizendo que não sinto nada
Amor não seria amor sem você e eu
E no meio de toda minha frieza surge você
De olhos tão abertos
Sorrisos tão singelos
Não querendo nada, mas levando tudo de mim.
E por que a vida agora me parece certa
Se você participar
Não há nada nesse mundo é mais bonito
Se você não está
Caminhos incertos não seriam iguais se não fosse uma paixão
Se te esperar não fosse tão duro,
Se me afastar não fosse suicídio
Mas as vezes as coisas são assim
Suicida é quem quer se apaixonar
Ainda bem que nossos corpos se acostumam a tudo
Me costumo com não te ver
Se tua voz não me acalmar
Já não me importava com nada
Tudo estava bem, bom e ok.
Estava transbordando
Me esbaldando de você
Por todos os lados
E era uma paz devastadora
Que me ariçava os pêlos da nuca
Fazia-me rir à toa
Me deixava livre
Mesmo se eu não quisesse voar
Suspirava tardes sem fio
Esperando o som da sua voz
Nada mais no mundo todo
Faria o qualquer sentido
As piadas já não eram mais engraçadas
O paladar já não tinha mais tempero
Até meu cigarro fumava de um jeito diferente
Tudo ficou cinza, cinza e cinza.
E esperei, esperei, esperei
Que viesse colorir minha vida...
Trilhos engarrafados de benzina
Coxas quentes rodopiando de lados a outros
Tudo que falamos em línguas parece poesia
O Gosto do seu suor primata!
Não há nada que eu possa te oferecer que já não foi oferecido
Chegará o inverno murcho e impessoal
E já me esquecerei do esvoaçar dos seus olhos comprimidos
Sua dissimulação ao penetrar!
Não acredite! Tudo é sempre uma gravação
A turma já se dissipou no calor dos pólos do Acre
SUA TURMA!
Eles abalaram Bangu de todos os ventos por todos os lados
Inventaram novas marchinhas de carnaval fluminense!
Viraram confetes jogados pelo ar!
Conversaram, ferveram e jogaram seus búzios
Não queira saber o quê deu...
It’s a Long Way
Só nos sobra o cotidiano juvenil que deveria ser enlouquecedor
Mas não temos drogas mais fortes!
Sobra as festinhas, cervejas em copos de plástico biodisel
Beijo a três
Sexo com meninas
Fotografias espalhadas a chão de ópio
Contos
Cantos
Ianomâmis na Floresta!
Um blábláblá de uma turma que não é minha
Mas pertenço de um jeito ou outro
E uma sensação que falta alguma coisa
Só não sei o que é
Então me aconchego em travessuras e gostosuras
O Gosto de boca me lembra morfina
E caiu em orgias imaginárias!
Deparamos-nos com gargalhadas enlouquecedoras na hora do jantar
Quem comeu? Eu comi você, ela e eles...
Falta mesmo algo?
“Alguma coisa em nossa transa é quase luz forte demais”
(Isso se refere à trupi de coxas duras)
Tô lendo Eu mesma... Enlouqueço em breve!
Não durmo há anos e a cada noite converso com um personagem diferente
Aproxima-se a hora do baque!
Alguém dê o sinal, por favor...
Um poema chulo riscado na mesa de um bar.
Que alguém me dizia que dias são apenas cálculos na nossa cabeça
Aonde mesmo que deixei meus óculos?
Quando era um menino, e ainda me sinto, mesmo com os cálculos errados.
Via mágica e achava que o que não era magia
Era irreal
E foi assim que você me apareceu
Irreal demais como contos de menino para dormir
Um copo, uma nuvem, um fio de cabelo.
A primeira vista tudo deriva a desgraça
Até os garotos que hoje escrevem na minha porta
Termino meu quente, não aceno a quem me estende a mão.
Apenas corrijo tua bondade sã,
Ponho os pés no chão.
Remédio novo
Nova droga de dormir
Embalo-me em sono abalo
Em sonhos constantes
Sonhei e me pus a sonhar
E que no meio da febre, do caos, da tosse.
Encontro tu e tua amante
E sinto que nada há,
Que bicho maluco é o homem
Esqueci como era eu
No meio de tua vida e como passa
Ainda estou no balanço do trêm
Na maresia no mar
O calor da tua febre
E você?
Onde está?
Acabou a magia de Santa Tereza
Acabou sua graça e seu nariz
Despeço-me sem dó nem piedade
Nem de mim, nem de ti.
E se a gente se esbarrar pelos bares
Dessa vida que levamos igual
Te pago uma cerveja barata
Troco uma idéia contigo e vou ir embora
Antes que tudo fique mal.