
Ela falava, eu mal ouvia, por quê devia, afinal?
Era uma sirene na minha mente, e mentem
As falcatruas do esquema juvenil
Ela se enrosca no teu pensamento
Coberta por sorrisos altos
Provocados pela maconha mal fumada
Pela vida mal vivida
Pela desgraça mal aparada do jardim de sua casa
Empalideço,
Sua existência que outrora essencial a minha
Se torna um fardo demasiadamente pesado,
Que eu não quero, mas carrego,
A troco de quem?
A esmola de quem?
Não me vingo dos teus atos maldados,
Apenas espero a Roda-Gigante voltar para me apanhar da nuvem de turbulências que você deixou
No meu próprio Parque Novo de Diversões
Chego a acreditar que você é irreal
Maslembro que teu monstro que me rouba o estômago
Quem criou foi eu
A cada palavra
A cada cédula
A cada gesto e
A cada fumaça
Eu e teu monstro
Tu e meu pesadelo
Hão de queimar na mesma brasa fina do meu cigarro apagado que insito
Deveras que
Carregar na boca pálida
Da tua roda
De cor de azeviches
E já não quero mais entrar.