
Último gole amargo que saiu do seu corpo
Que me rasgou a roupa
Intrépida de vontade
Se convergiu a saudade misturada em prazer
Como se me explodisse o ar
Em combustão instantânea mental
O tempo parecia
Menos caótico e desmembrado
Em relances da sede seca
Tocando meu colo
E me colocando repentinamente a ninar
A maldade que te tocava a língua
E acabava por me contaminar
Se fez necessário quando se passa as saídas
E todas as nossas entradas
Não havia mais um abismo que não tivesse sido explorado
E em meio a esse turbilhão de certeza
De que tudo era preciso
E em teu corpo
Tudo fica de fato aonde deve ficar
Não te compreendia
Tampouco mais queria
Se fez pó inspirado a gula
Que depois que passa
Apodrece
Em ventre oco
E vazio
Com solidão
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