terça-feira, 4 de maio de 2010

Papoula Amarela


Meu corpo se esticava em posição de ataque.
Seu corpo criava vida, forma e cor aos raios de neon.
Ao topo, ao teto alguém caminhava aos tropeços pelas paredes e sentava ao lustre no teto deixando cinzas caírem a minha cabeça como se fosse Natal.
Meu corpo se projetava a uma dança como se eu pudesse entrar dentro das notas musicas e elas me jogaram em um ritmo que meu estúpido corpo não pudesse acompanha.

-Eu pensei que houvesse te dito, esse mundo não é pra você.

Uma gota morna escorregou sobre minha pele fria e tive medo de abrir os olhos e não conseguir guardar tudo na minha memória, sua voz parecia a entrada perfeita para o acorde do meu corpo e percebi que seguiria ele a cada palavra como se eu fosse uma marionete, sem vida.
Meus pés se mexeram por um caminho de tijolos amarelos mas seus lábios me prenderam a um toque devastador, que meus joelhos não aguentaram, meu oxigênio era diferente e tudo escureceu a minha volta.

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